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Sirfídeos associados ao olival transmontano Importância da vegetação herbácea espontânea na sua vitalidade
Os sirfídeos são insetos vulgarmente conhecidos por “moscas-das-flores” em
virtude de, no estado adulto, serem frequentemente observados a pairar sobre flores. A nível mundial estão descritas nesta família mais de
6000 espécies (Bisby et al., 2012); na Europa existem atualmente 725 espécies
válidas e 163 de carácter taxonomicamente incerto (Speight & Sarthou,
2011a) e em Portugal estão citadas 179 espécies (van Eck, 2011). A distribuição
geográfica dos sirfídeos cobre todas as regiões biogeográficas do globo, com
exceção da Antártida (Rojo et al., 2003). Este grupo de artrópodes habita, na
sua maioria, em ecossistemas terrestres, incluindo zonas litorais, montanhas,
desertos, áreas urbanas e agrícolas. No estado adulto têm hábitos diurnos
e são muito ativos; algumas espécies são migratórias (Rojo et al., 2003). As
larvas são sobretudo noctívagas (Hagen et al., 1999).
A importância dos sirfídeos nos ecossistemas agrícolas está sobretudo
associada ao facto das larvas de muitas espécies serem predadoras de pragas
de várias culturas hortícolas, cereais e citrinos entre outras, enquanto
os adultos são polinizadores (Tenhumberg & Poehling, 1995; Belliure & Michaud,
2001; Rojo et al., 2003; Bugg et al., 2008; Robinson, 2011). Os sirfídeos
também são indicadores da qualidade do ecossistema (Sommaggio, 1999;
Burgio & Sommaggio, 2007).
A manutenção ou implementação de áreas com vegetação herbácea
espontânea tem sido uma estratégia para promover o aumento da biodiversidade
de sirfídeos no olival (Figura 1). Estas plantas fornecem alimento
na forma de néctar, pólen e meladas e oferecem a possibilidade dos sirfídeos
completarem o seu ciclo de vida no ecossistema agrícola potenciando,
desta forma, a limitação natural por eles exercida sobre as populações de
pragas da oliveira. Na presente publicação procede-se a uma breve caracterização
da morfologia, biologia e comportamento dos sirfídeos e referem-
se as espécies mais frequentemente encontradas no olival da Terra
Quente Transmontana. Por outro lado, fornece-se informação considerada
útil sobre o efeito de várias espécies de plantas herbáceas espontâneas na
vitalidade destes auxiliares. Deste modo, será possível tomar decisões fundamentadas
no sentido de conservar este grupo de insetos aquando da
gestão da vegetação do olival
Efeito de três açúcares (glicose, frutose e sacarose) na sobrevivência, crescimento e teores de nutrientes corporais de Episyrphus balteatus (De Geer) (Díptera: Syrphidae)
Os artrópodes dependem da energia obtida a partir dos hidratos de carbono que
podem ser utilizados de forma imediata ou como reserva energética, utilizados
posteriormente através da conversão do glicogénio. No caso dos sirfídeos, os hid ratos de
carbono são particularmente importantes para estimular a maturação dos ovos nas fêmeas e
de uma maneira geral, influenciam a sobrevivência, fecundidade, longevidade e,
consequentemente, a efetividade destes inimigos naturais contra pragas da cultura. Com
este trabalho pretendeu-se estudar o efeito de três açúcares frequentemente encontrados
no néctar das plantas (glicose, frutose e sacarose) na sobrevivência, crescimento e teores de
nutrientes corporais de Episyrphus balteatus. Os indivíduos recém-emergidos (<12 horas)
foram alimentados com uma solução de glicose, frutose e sacarose 1M, fornecida de forma
isolada e renovada diariamente. Para cada modalidade formaram-se 30 casais e o controlo
consistiu no fornecimento de água, que era também ad icionada a cada casal alimentado
com um dos açúcares. Este estudo decorreu em sala de criação com condições controladas
de temperatura de 21·c, humidade de 60-70% e fotoperíodo de 16:8 h luz:esc.uridão Para
cada indivíduo, foi avaliada a sobrevivência, o crescimento (através da medição do
comprimento das asas) e o teor de nutrientes corporais (através da quantificação dos teores
de frutose, outros açúcares, glicogénio e lípidos). Para os três açúcares testados, a sacarose
foi o que gerou maior longevidade quer em fêmeas quer em machos de E. ba/teatus, seguido
da frutose e glicose, tendo-se registado diferenças significativas entre a sobrevivência
observada em cada um dos açúcares testados e o controlo. Verificou-se que a sobrevivência
máxima em fêmeas de E. balteatus é de 17 dias quando alimentadas com sacarose 1 M,
enquanto os machos vivem até um máximo de 16 dias. O controlo (água) origina uma
sobrevivência máxima de três dias. Nos sirfídeos recém-emergidos as reservas corporais
(glicogénio) foram praticamente inexistentes, pelo contrário, após o fornecimento de
açúcares, os ensaios de determinação de glicogénio revelam um grande teor destes nos
indivíduos alimentados com sacarose mas principalmente nos da frutose. Estes resultados
indicam que o fornecimento de açúcares tais como glicose, frutose ou sacarose origina um
aumento considerável da condição fisiológica dos sirfídeos
Biodiversidade de sirfídeos em olivais da região de Mirandela (Nordeste de Portugal)
As larvas de sirfídeo têm potencial como agentes de luta biológica e no olival
podem ser particularmente importantes como predadores naturais de algodão-daoliveira,
Euphyllura olivina Costa (Hemiptera: Psyllidae) e de larvas da geração filófaga
da traça-da-oliveira, Prays oleae Bernard (Lepidoptera: Yponomeutidae). Com o
presente trabalho pretendeu-se conhecer a diversidade da sirfideofauna em olivais na
zona de Mirandela (Trás-os-Montes). O trabalho de campo foi realizado em duas
parcelas de um olival conduzido em Modo de Produção Biológico (Valbom-dos-Figos) e
em três olivais conduzidos em Modo de Produção Integrada (Cedães, Paradela e
Suçães). A amostragem decorreu de agosto a outubro de 2009, de abril a novembro de
2010 e de maio a novembro de 2011. Os sirfídeos foram recolhidos com recurso a: (1)
garrafas Olipe, (2) rede entomológica e (3) armadilhas cromotrópicas amarelas. Todos
os sirfídeos recolhidos foram levados para o laboratório, separados, conservados em
álcool e identificados até à espécie. A riqueza específica para os sirfídeos capturados
nas garrafas Olipe variou entre uma a três espécies em 2011, três e cinco em 2010 e
quatro em 2009. A espécie mais abundante para os três anos de amostragem e neste
tipo de armadilha foi Episyrphus balteatus (De Geer), com uma abundância relativa
que variou entre 36,4 e 64,62%. Através da rede entomológica foi possível capturar
quatro espécies, sendo Sphaerophoria scripta (L.) a espécie dominante com 72,7% de
abundância relativa. As armadilhas cromotrópicas capturaram um número muito baixo
de sirfídeos, mas uma das espécies capturadas foi única neste estudo, Myathropa
florea (L.). Neste estudo foi possível registar um total de nove espécies pertencentes à
sirfideofauna no olival transmontano
Selecção e caracterização de plantas com potencial para atrair a sirfídeofauna do olival
As larvas de sirfídeos têm potencial como agentes de luta biológica e, no olival, podem ser
particularmente importantes como predadores naturais de Euphyllura olivina (algodão-da oliveira).
Os adultos necessitam do néctar e do pólen fornecido pelas plantas nativas e que
funcionam, respectivamente, como fonte de energia e para estimular a maturação dos ovos nas
fêmeas. Neste sentido, a implementação de recursos floristicamente diversos no olival pode
oferece uma possibilidade para reforçar o controlo biológico de conservação. O objectivo deste
trabalho foi seleccionar e caracterizar 20 espécies de plantas com potencial para valorizar a
sirfídeofauna do olival. Doze espécies de plantas foram seleccionadas a partir de um estudo
realizado em 36 olivais localizados na Beira Interior onde foram identificadas 100 espécies de
plantas nativas. As restantes espécies (8) foram seleccionadas a partir de pesquisa
bibliográfica. As 20 espécies de plantas foram caracterizadas atendendo aos seguintes
critérios: época de floração e sincronia com o ciclo de vida dos sirfídeos, quantidade e
acessibilidade de néctar e pólen, arquitectura e estrutura floral e fonte de presas alternativas.
Este conjunto de plantas vai ser testado em laboratório para determinar a sua eficácia para
promover, ou até incrementar, a sobrevivência, longevidade e fecundidade de uma espécie de
sirfídeo, Episyrphus balteatus (De Geer)
Synthetic biology approaches to biological containment: pre-emptively tackling potential risks
Biocontainment comprises any strategy applied to ensure that harmful organisms are confined to controlled laboratory conditions and not allowed to escape into the environment. Genetically engineered microorganisms (GEMs), regardless of the nature of the modification and how it was established, have potential human or ecological impact if accidentally leaked or voluntarily released into a natural setting. Although all evidence to date is that GEMs are unable to compete in the environment, the power of synthetic biology to rewrite life requires a pre-emptive strategy to tackle possible unknown risks. Physical containment barriers have proven effective but a number of strategies have been developed to further strengthen biocontainment. Research on complex genetic circuits, lethal genes, alternative nucleic acids, genome recoding and synthetic auxotrophies aim to design more effective routes towards biocontainment. Here, we describe recent advances in synthetic biology that contribute to the ongoing efforts to develop new and improved genetic, semantic, metabolic and mechanistic plans for the containment of GEMs
Non-extensivity Effects and the Highest Energy Cosmic Ray Affair
Recent measurements of the cosmic microwave background confirm that it is
described by a Planckian distribution with high precision. It is
non-extensivity bounded to be less than some parts in , or to some parts
in at most. This deviation may appear minuscule, but may have a
non-negligible effect on a particle propagating through this background over
the course of millions of years. In this paper we analyze the possible
influence of such a slight deviation upon the propagation of nuclei and protons
of ultra-high energy. These particles interact via photopion and
photodisintegration processes which we examine taking into account a slight
non-extensive background. We show that such a deviation does not exhibit a
significant difference in the energy attenuation length of extremely high
energy cosmic rays.Comment: Revised version, improvements per referee's suggestion
Effects of pollen, sugars and honeydew on lifespan and nutrient levels of Episyrphus balteatus
Hoverflies require pollen, nectar and honeydew during their adult stage, but little is known about the suitability and nutrient provision of each of those resources. Thus, in this study we assessed the effect of different types of food, such as carbohydrates (glucose, fructose, sucrose and honey), pollen, a mixture of honey and pollen, and honeydew on longevity and nutrient levels of Episyrphus balteatus (De Geer) (Diptera: Syrphidae). Glucose and the mixture of pollen and honey were the food sources that gave the highest longevities. Considering nutrient levels in the body of hoverflies, sucrose generated high levels of fructose, total sugars and glycogen while glucose generated high levels of lipids. This suggests that carbohydrates are important food components for the survival and energy supply of hoverflies, with glucose being the most effective. Honeydew can also be used by hoverflies, representing a significant sugar source that may replace nectar when suitable flowers are scarce in agroecosystems.This study was financially supported by
FEDER Funds throughout Programa Operacional Factores de
Competitividade - COMPETE and National Funds throughout
FCT - Fundação para a Ciência e Tecnologia, within the project
PTDC/AGR-AAM/100979/2008 - Increasing functional
biodiversity in olive groves to enhance conservation biological
control of insect pests.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Syrphid community in organic olive groves: can morphospecies be used as surrogates for species?
Syrphids are known as biological control agents of hemipteran pests and, in the olive grove,
several species have been identified as predators of Euphyllura olivina (Costa). The objectives of this
work were: (1) to study the syrphid community in organic olive groves and (2) to test the potential for
the use of syrphid morphospecies as a surrogate for species. The field work was conducted in two
organic olive groves located near Mirandela (Northeast of Portugal). The sampling period occurred in
two seasons, from the middle of August to the end of October 2009 and from the beginning of April to
the end of July 2010. Syrphids adults were separated in morphospecies by a parataxonomist in
accordance with their morphological differences. Then, the species were identified by a taxonomist.
The number of individuals collected was 64 in 2009 and 27 in 2010, for a total of 91. The
morphological identification showed the presence of 12 morphospecies that corresponded to six
species: Episyrphus balteatus (De Geer) the most abundant with 51.7% of relative abundance,
followed by Sphaerophoria scripta (L.) with 23.1% and Eupeodes corolla (Fabricius) with 18.6%.
The proportion of correctly assigned morphospecies to taxonomic species was 3.3%. However, during
the identification, a 93.4% splitting and a 3.3% lumping error occurred. This study showed that
species identification was relatively difficult when based only on parataxonomic traits, requiring a
careful examination of characteristics such as the size of the eyes and their hair, the form of the
antennae, the humeral plate and the squama, as well as the femur color and the size of the bands on the
abdomen
A good excuse for skipping the test: electrical storm in a teenager
We describe the case of a teenager with a structurally normal heart that presented with torsades de pointes and cardiac arrest. He had a history of epilepsy in childhood, mild cognitive impairment and cognitive visual dysfunction. The baseline electrocardiogram had prominent J waves and a marked early repolarization pattern in all the leads, with normal QT interval. We discuss the differential diagnosis for this interesting case, as well as the patient's management.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Composição proximal e perfil de ácidos graxos de hambúrgueres de carne de capivara (Hydrochoerus hydrochaeris).
A carne de capivara (Hidrochoerus hydrochaeris) tem se destacado pelo seu potencial de aproveitamento econômico e pela riqueza em ácidos graxos. Estudos da composição físico-química da carne de capivara e aspectos nutricionais ainda são escassos e trabalhos que a caracterizem são raros, diante deste fato, o trabalho teve por objetivo realizar a caracterização físico-química e o perfil de ácidos graxos de hambúrguer de carne de capivara. Os valores encontrados na análise de umidade (77,23 ± 0,31), cinzas (1,24 ± 0,32), proteínas (18,67 ± 0,32) e gorduras (2,90 ± 1,46) foram satisfatórios. Em relação aos ácidos graxos, observa-se que o hambúrguer de capivara é fonte de ácidos graxos monoinsaturados (31,42%) tendo como principal representante deste grupo o ácido oleico (27,43%). Também, o grupo dos ômegas encontra-se em quantidades expressivas no hambúrguer de capivara. Do total de ácidos graxos insaturados presentes 30% são polinsaturados, sendo os principais representantes deste grupo o ácido linoléico (21,34%), o ácido linolênico (7,01%) e o ácido eicosatrienóico (1,83%). A relação entre o total de ácidos graxos saturados (37,77%) e insaturados (62,22%) é plenamente satisfatória. Dessa forma recomenda-se o consumo de hambúrguer de capivara não só por seu sabor peculiar como também pelo elevado valor nutricional em termos de composição proximal e de ácidos graxos insaturados
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