3 research outputs found

    RELATO DE CASO: DOENÇA HEMOLITICA DO FETO E RECEM NASCIDO CAUSADA POR ANTI-HRS

    No full text
    A doença hemolitica do Feto e Recem Nascido (DHFR) é uma complicação obstétrica grave onde anticorpos maternos atravessam a barreira placentária e se ligam a hemácias do feto, podendo levar a destruição dessas células (hemólise) e num grau maior até ao óbito do Feto. Essa reação é mais comum em mulheres RHD negativo, que se sensibilizaram ao entrar em contato previamente com hemacias RHD positivas (ou atraves de transfusão ou em gestações), porém pode ocorrer com qualquer anticorpo anti-eritrocitário cuja mãe seja antigeno negativo e o feto antigeno positivo. Este trabalho demonstra uma RHFR causada por anticorpo anti-hrS, com anemia fetal importante e necessidade transfusional pós parto do RN. Objetivo: Demonstrar a existência de DHFR por anticorpos não RHD em gestantes RHD positivo. Metodologia: Genotipagem Eritrocitária para Sistema RHD por reação alelo específico, multiplex e plataforma Array para Sistema RHCE e demais grupos sanguíneos, tanto da amostra da mãe quanto do Recém Nascido. Resultados: Após nascimento do Recém Nascido que apresentou anemia significativa e necessidade transfusional, a amostra saguinea, tanto da mae quanto do feto, foram encaminhadas para genotipagem eritrocitária para complementar a investigação de anticorpos contra antigenos de alta-frequencia, uma vez que nos testes sorológicos não foi possivel estabelecer a especificidade do antcorpos. De acordo com a genotipagem,a mãe era RHD parcial (RHD*DAR) com RHCE*ceAR que leva ao perfil antigenico hrS negativo, e o bebe apresentava RHD normal com RHCE*Ce,RHCE*ceAR, sendo hrS positivo. Esses resultados foram de encontro com o perfil sorológico de anticorpo contra antígeno de alta frequência, possibilitando a conclusão da identificação como sendo anti-hrS o anticorpo em questão e que estava levando a hemólise fetal. Conclusão: É de extrema importância a Pesquisa de Anticorpos Irregulares nos exames, não somente nas mulheres RHD negativas mas em todas as gestantes, a fim de detectar anticorpos anti-eritrocitários precocemente e fazer um acompanhamento mais detalhado dessa gestação e do recém-nascido

    PROJETO BEM-ME-QUER: A PRÓ-SANGUE CUIDANDO DE SUAS DOADORAS

    No full text
    Introdução: A doença Hemolitica do Feto e Recem Nascido (DHFR) é a complicação obstetrica decorrente da presença de anticorpos anti-eritrocitarios no sangue materno. Estes anticorpos atravessam a barreira placentária e ligam-se aos eritrocitos fetais, causando hemolise e anemia fetal, que pode ser intensa e recorrer a realização de transfusões intra-uterinas. O grupo de mulheres com maior risco de apresentar esta complicação é a de fenotipo RhD negativo. Indica-se a realização de imunoprofilaxia com globulina anti-D ao final da gestação e ate 72 horas após nascimento, bem como em situações de abortamento e sangramentso durante gestação. No cenario brasileiro atual, a DHFR por anti-D representa mais de 80% dos casos por falha da indicação e aplicação da profilaxia. Além do anti-D, os anticorpos anti-c e anti-Kell tambem estao associados a DHFR. A forma de identificar as gestantes e fetos em risco é a realização do teste de pesquisa de anticorpos Irregulares (PAI) capaz de detectar os anticorpos e encaminhar para o acompanhamento de pré-natal de alto risco. O PAI é indicado para todas as gestantes e raramente é realizado no Brasil com mulheres que apresentam fator Rh positivo. levando ao subdiagnostico do feto com DHFR. A PAI é um exame obrigatório a todos os doadores de sangue, o que contempla tambem mulheres em idade fertil. Com isso, nossa proposta é identificar e comunicar comunicar a essas mulheres todas as vezes que houver a presença de anticorpos, para em uma futura gestação ser informado ao médico obstetra. Objetivo: Identificar os anticorpos eritrocitários de relevância para a medicina obstetrica em população de doadoras de sangue em idade fértil e notificadas do resultado visando reduzir o subdiagnostico e incorreto manejo de casos de DHFR. Identificar as doadoras em idade fértil fenótipo RhD negativos ou RhD parcial e que seja candidatas a imunoprofilaxia anti-D durante a gestação, visando a melhora na aplicação da profilaxia e redução da DHFR pelo anti-D. Metodologia: Tipagem sanguinea ABO e RHD em sistema automatizado, PAI e identificação em sistema cartão gel. Realização de genotipagem para os antígenos eritrocitários de relevância para medicina obstétrica por metodologia de DNA-array, Laudo caracterizado pela emissão on-line, contendo de identificação da doadora, características de grupo sanguíneo e perfil imunohematologico (ABO/Rh e PAI). Resultados: 342 doadoras em idade fértil já foram notificadas, sendo que 182 possui a presença de anticorpos irregulares, 95 mulheres RHD negativo e 65 doadoras RhD positivas porém que apresentem os antigenos D fracos ou parciais. Essa comunicação está ocorrendo atraves de cartas, contendo os resultados da doadora e a explicação do contexto do exame. Conclusão: As doadoras em idade fertil PAI positivas, RhD negativas ou RHD positivas variantes terão o conhecimento de risco de desenvolvimento da DHFR em sua próxima gravidez e com isso evitar as complicações graves dessa doença, podendo ter o acompanhamento ideal durante o pré-natal e um olhar mais atento a gestação

    A IMPORTANCIA DA MANUTENÇÃO DE BANCO DE SANGUE RARO E ESTRATEGIAS PARA ENCONTRAR FENOTIPOS DIFERENCIADOS

    No full text
    A complexidade antigenica dos grupos sanguineos é algo que impacta diretamente na transfusão, principalmente de pacientes politransfundidos, cuja a exposição a esses diferentes antigenos leva a aloimunização e por consequencia a dificuldade em conseguir bolsas compativeis. A formação de um banco de sangue contendo doadores fenotipados e genotipados é essencial para o bom atendimento desses pacientes uma vez que a combinação de anticorpos contra esses antigenos pode tornar rara a presenca de bolsas compativeis para esses individuos. Na Fundação Pro-Sangue esse banco de doadores raros é alimentado diariamente e hoje se consegue atender a maioria das solicitações de transfusão que são consideradas raras ou de dificil obtenção. Este trabalho visa demonstrar a realidade do banco de sangue raro de nossa instituição e provar que é possível com o trabalho continuo conseguir fenótipos improváveis e consequentemente auxiliar na transfusão de pacientes aloimunizados. Metodologia: Fenotipagem eritrocitária com a utilização de soros específicos para a determinação antigénica é realizada no equipamento em 100% dos doadores de primeira vez para sistemas Rh e antígeno Kell. Da rotina diária 15% das amostras são então fenotipadas no equipamento para antígenos Jka, Jkb, Fya, Fyb, S e s. A duplicação dessa fenotipagem é realizada manualmente em 10% das amostras e já acrescidos também outros grupo sanguíneos de importancia clínica (M, NKpa, k, Lua, Lub, Dia, Lea, Leb, P1). Do montante diario das amostras cerca de 2% ainda são enviados para a genotipagem para pesquisar doadores raros (Kpb, Lub, U, Variantes de Rh, Vel, Ge2, Hy, Joa, hrb, hrs, entre outros). Resultados: Nos últimos anos foram fenotipados cerca de 460mil doadores para sistemas RH/Kell, genotipados mais de 6000 doadores que ja proporcionaram um total de 610 doadores raros. Com isso foi possivel atender 39 pacientes extemamente raros dentre eles 1 Vel-, 1 Hy-/Joa-, 5 Dob-, 15 U-, 4 Lub-, 3 k-, 4 hrb-, 3hrs-, 4 Ge2-, para a Comissao Nacional do Sangue Raro. Também atendemos uma média de 120 bolsas ao mês de combinaçoes antigênicas de dificil obtenção tais como bolsas contendo fenotipos R2R2, Jka-, Jkb-, s-, rr, Fya-. Conclusão: Tanto a fenotipagem como a genotipagem são ferramentas extremamente importantes para o aumento de doadores categorizados como raros e atendimento a pacientes que necessitam de bolsas especiais. O trabalho diario e estrategias direcionando os doadores de acordo com os antigenos presentes na amostra e a raça autodeclarada possibilita ainda mais encontrar fenotipos especiais na população
    corecore