192 research outputs found
Marie-Louise Tenèze, Les contes merveilleux français. Recherche de leurs organisations narratives, Paris, Maisonneuve & Larose, 2004, 164 pp. ISBN 2-7068-1789-5
O presente estudo resulta duma reflexão cujo ponto de partida foi a Morfologia do Conto de Propp e que faltava fazer em relação ao conto
maravilhoso: o sonho de todos os que, no trilho de Propp, procuraram na estrutura do conto maravilhoso uma ferramenta de identificação e análise que viesse complementar a do índice de Aarne e Thompson. Com a obra agora apresentada, que Tenèze propõe como complemento aos dois volumes do catálogo francês dedicados ao conto maravilhoso (ver n. 1), estamos perante uma séria concretização desse sonho
Straparola, Venice and the fairy tale tradition
Lembro o arrepio de escândalo que há poucos anos percorreu um anfiteatro da Universidade do
Algarve, quando ouviu a suave e elegante conferencista rematar a sua palestra concluindo que “the
modern European fairy tale is an invention by Straparola”
O conselho do Marquês
O precedente grupo de artigos dedicados ao mesmo tema –o conselho de decapitar súbditos rebeldes expresso pela acção de cortar as espigas mais altas de uma seara–ocasionou esta nota, em que se propõe um novo subtipo para aquela narrativa, que
aparecerá na tradução portuguesa do Catalogue of Portuguese Folktales com o número 924*A, O Conselho dum Tirano. Transcrevem-se também as duas redacções da sua única versão portuguesa, ambas presumivelmente de Cardoso Martha, a primeira de 1912 e a segunda de 1931, procurando ver nelas sinais do tempo que as separa.The previous set of articles on the same theme –the advice to behead rebel subjects signaled with the beheading of corn heads– led to this note, in which a new folktale subtype is proposed for the narrative. From the one version of which there is a transcription in Portugal, I now transcribe its two redactions (both probably by the same redactor, Cardoso Martha), and tried to compare them as significant time indicators, one appearing in 1912 and the other in 1931
The dynamics of symbolism in European fairy tales
In his book, F. Vaz da Silva chooses fairytales as his “pointers to universals in human thinking [...] heuristical[ly] define[d] as relevant dimensions of European mythism” which will “prove fruitful in crosscultural analysis involving non-European representations” (9). If fairytales will be his tools, metamorphosis — “where fundamental symbols thrive” (loc.cit.) — will be the touchstone of his enquiry
A recepção dos kinder-und Hausmärchen entre 1837 e 1910
Trabalho que investiga a recepção dos Kinder - und
Hausmärchen em Portugal, fruto duma aturada e minuciosa pesquisa documental.
Com efeito, Teresa Cortez passa em revista os livros e publicações periódicas
enquadrados entre 1837 — data do aparecimento das primeiras traduções de
contos dos KHM, no periódico lisboeta Biblioteca Familiar e Recreativa — e 1910,
data a que a autora estendeu a sua pesquisa. Cada incidência da presença dos
contos dos Grimm em Portugal é cuidadosamente investigada, contextualisada e
analisada, Assim, à medida que vemos surgir, primeiro esparsas em revistas
destinadas a um público infantil, e sem indicação de autoria, traduções (do
francês) dos KHM, vamo-nos inteirando sobre o epírito e motivações do seu
aparecimento, quer partindo do estudo comparativo com o texto de origem, quer
de um exame da publicação de chegada, alargando-se a pesquisa aos seus editores
e autores. Todo o processo de recepção dos contos de Grimm vai sendo
examinado pela autora à luz dos movimentos das últimas décadas do séc. XIX e
primeira do séc. XX, nomeadamente o nacionalismo neo-romântico e o
positivismo
Type and genre: a manual for compilation of indices & a bibliography of indices and indexing
This manual is divided in 6 parts (numbered
from A to F): Concepts (A), dealing at length with the notions of Motif, Type and
Genre; Praxis (B), the core of this manual, a guide for the making of an index,
expounded in eight parts, each of them meticulously organised into clear
subheadings; Auxiliary Registers (C), a guide on how to improve the utility of an
index with clear and user-friendly cross-referenced information; Sample Analyses
(D) using four versions of one particular tale tale for a close analysis of the plot,
from which a classification of motifs, types and genre arises; an Appendix (E),
defining and giving a list of Euro-Asian-African genres, referred to above. Finally a
Bibliography (F), opening with a numbered list of indices (339 items) organised
by languages; a numbered bibliography on classification problems (284 items in
all), organised by subjects/ themes (such as “B. Reports on the Enzyklopädie des
Märchens”; “C. General problems”; “D. Discussions of the composition of
repertoires”; until “P. Preliterate cultures”) and nearly 30 pages of auxiliary
registers for these last two sub-headings, such as the “Level of indices” (A), which
lists “those arranged according to Thompson’s Motif Index” and eight other
schemes; down to a list of all the “Indices in FF Communications” (K)
Mahendra K. Mishra, Visioning folklore, Bhubaneswar, Lark Books, 2002, 206 pp.ISBN 81-7375-089-0
Mahendra Kumar Mishra is a well-known Indian folklorist who specialized on the language and culture of Western Orissa. The present book entails a description and interpretation of a number of rituals, epics, songs and traditions from the districts of Kalahandi near Western Orissa, in Central India, in their specificity as well as in the light of mainstream traditions
(as in chapters 1, 2 , 5 and 6). It would seem that “many races of this land [Western Orissa], in order to keep their cultural identity alive, have associated themselves with the great epics of solar and lunar mythology i.e. the Ramayana and the Mahabharata [...] each and every race of this country has tried to identify with Indian mythology and dynasties” (p. 102)
Povo, povo eu te pertenço
Filipa Faísca de Sousa, guardiã da tradição oral de Querença, poeta popular, artesã,
transmissora de romances, orações, contos, cantigas, de saberes e de sabores, merece um
livro que guarde e transmita tudo o que ela guardou e transmitiu. E ele aí está. Editado pela
Câmara de Loulé, o livro foi organizado pela incansável colectora de literatura oral Idália
Farinho Custódio. Permitimo-nos transcrever as palavras introdutórias ao livro da autoria da
grande estudiosa Maria Aliete Galhoz, que também se encarregou da classificação e notas
Mais uma peça no mapa do conto europeu: o novo Catalogue of portuguese folktales
Saiu em versão inglesa e com a data de 2006 o catálogo de contos portugueses da tradição oral,1 embora só tivesse chegado às nossas mãos já em 2007.
Cabe-me a tarefa de o apresentar aos leitores da E.L.O
Catalogue Raisonné du conte grec: types et versions AT-749
Esta obra, de 1995 (publicada no mesmo ano em que saíu a primeira
E.L.O.), vai fazer dez anos. A recensão extemporânea que dela fazemos é pois o revestimento da homenagem que lhe devemos
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