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A prática docente no processo de identificação do abuso sexual infantil
Este trabalho tem por objetivo apontar a importância de considerar a sexualidade como uma das partes fundamentais do desenvolvimento integral da criança. Indicando qual deve ser o papel da instituição de ensino e do professor enquanto possíveis agentes mediadores e modificadores, frente à comunidade escolar para prevenir futuros abusos, denunciando casos suspeitos e acolhendo o aluno que sofre ou sofreu abusos sexuais. Ao pensar no desenvolvimento integral da criança, colocando-a como centro de seu ensino- aprendizagem, diversos fatores são considerados para que essa experiência dentro do ambiente escolar seja vivida plenamente. Contudo, passa a existir uma lacuna no desenvolvimento infantil quando um dos processos é descartado pela instituição escolar, sendo negligenciado pela falta de diálogo e ações sobre a descoberta do seu corpo. Para compreender a necessidade da discussão sobre o desenvolvimento da criança e a sexualidade infantil, foram utilizadas as teorias de dois autores- referência na psicologia da educação e psicanálise- Jean Piaget e Sigmund Freud. Mesclando as duas teorias e as informações trazidas pela autora Christiane Sanderson, que discute a questão do abuso sexual infantil, foi possível definir como e qual é o papel do professor e da instituição escolar desde o momento de identificação, até a denúncia do abuso. O método utilizado para esta pesquisa foi de natureza qualitativa, adotando-se como metodologia a pesquisa bibliográfica de cunho exploratório.</jats:p
NEOPLASIAS MIELOPROLIFERATIVAS COM COEXISTÊNCIA DA TRANSLOCAÇÃO BCR-ABL1 P190 E MUTAÇÃO ATIVADORA DA TIROSINA QUINASE JAK2V617F EM AMOSTRAS LABORATORIAIS
Introdução: A classificação de neoplasias mieloproliferativas surgem de células-tronco hematopoiéticas com sinalização de tirosina quinase alterada somaticamente. Sua classificação se baseia em características hematológicas, histopatológicas e moleculares. Das classificações moleculares, a pesquisa da translocação BCR–ABL1 e JAK2V617F são as principais utilizadas, embora sua presença seja considerada exclusiva, alguns artigos relatam casos com BCR–ABL1 e JAK2V617F concomitantes. Objetivo: O objetivo deste estudo foi identificar a presença concomitante da translocação BCR–ABL1 p190 e JAK2V617F em amostras de um laboratório de grande porte no Brasil. Material e métodos: Foram analisadas 2462 amostras laboratoriais de sangue total e medula óssea coletadas de diversas regiões do Brasil no período de 01/2023 a 12/2023. As amostras foram submetidas a RT-PCR qualitativo multiplex para detecção e diferenciação entre os transcritos p210 (b2a2, b3a2, b3a3 e b2a3) e p190 (e1a2 e e1a3). Além disso, para pesquisa da mutação JAK2V617F, as amostras foram processadas pela técnica de PCR em tempo real. Os dados foram analisados respeitando a Lei n° 13.709/2018, garantindo a confidencialidade dos dados dos pacientes. Resultados e discussão: Em um total de 2462 amostras processadas no ano de 2023 para pesquisa diagnóstica da mutação JAK2V617F, 26% (n = 639) foram detectadas. Não houve diferença significativa entre sua prevalência no sexo masculino e feminino e a maior frequência das amostras com a mutação JAK2V617F foram em idosos (n = 352) e adultos (n = 252). Destas amostras, uma paciente do sexo feminino com 65 anos de idade obteve resultado detectados para JAK2V617F e BCR–ABL1 p190 identificados simultaneamente no diagnóstico inicial. A mutação JAK2V617F está presente em grande parte dos casos de Policitemia Vera, trombocitemia essencial e mielofibrose. Fortuitamente não se encontra em quadros de leucemia mieloide crônica, mas alguns autores já reportaram a coexistência com a oncoproteína p210BCR−ABL como o estudo de Gaocci e colaboradores (2010) que reportou pela primeira vez na literatura a coexistência de JAK2V617F e p190BCR−ABL em um quadro de LMC. Conclusão: Embora incomum, é importante estar ciente da combinação genética potencialmente desordenada (BCR-ABL e JAK2V617F), que reflete diretamente no perfil de resistência à terapia ou progressão da doença. Com a detecção concomitante de JAK2V617F e BCR-ABL1 comumente é indicada terapia combinada para redução da linhagem eritróide e redução da carga leucêmica. O aconselhável para diagnóstico de neoplasias mieloproliferativas é que seja realizado a triagem da mutação JAK2V617F juntamente com testes de detecção da translocação BCR-ABL1, devido a possível presença de eventos leucemogênicos
PREVALÊNCIA DA FUSÃO BCR-ABL1 P190 EM AMOSTRAS LABORATORIAIS
Introdução: As duas principais isoformas da tirosina quinase BCR-ABL oncogênica p210 e p190, são expressas na translocação do Cromossomo Filadélfia (Ph), produto resultante de uma translocação recíproca entre os cromossomos 9 e 22 (t9;22) que dá origem a um gene de fusão BCR-ABL1. Enquanto p210 é um marcador diagnóstico prevalente em Leucemia Mieloide Crônica, o p190 está mais frequentemente associado às Leucemias Linfoblásticas Agudas. O mRNA de fusão e1a2 e e1a3 codificam p190. Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência da fusão BCR-ABL p190 e a frequência das variantes e1a2 e e1a3 em amostras de um laboratório de grande porte no Brasil. Material e métodos: Avaliamos a prevalência da fusão BCR-ABL1 p190 e a frequência das variantes de transcrição em amostras laboratoriais coletadas de diversas regiões do Brasil no período de 01/2023 a 12/2023, totalizando 338 amostras. As amostras foram submetidas a RT-PCR qualitativo multiplex para detecção do transcrito p190. Os dados foram analisados respeitando a Lei n°13.709/2018, garantindo a confidencialidade dos dados dos pacientes. Resultados e discussão: Em um total de 338 amostras processadas no ano de 2023 para pesquisa diagnóstica do transcrito BCR-ABL1, apenas 1% (2 amostras) foram detectadas para o mRNA de fusão e1a2. Dos resultados detectados, 100% das amostras pertenciam ao sexo masculino (n = 2), destas amostras, uma era de adulto com 51 anos e a outra de criança com 7 anos de idade. Em ambos os casos, os pacientes estavam em pesquisa diagnóstica para LLA. Em um estudo de Azevedo e colaboradores (2014) também encontraram uma maior prevalência no sexo masculino com uma idade média de 33 anos em pacientes com LLA. Conclusão: O estudo teve uma maior frequência de casos de LLA com mRNA de fusão e1a2 no sexo masculino. A identificação do transcrito de fusão em pacientes com leucemia é importante para um melhor entendimento do prognóstico e da resposta à terapia
