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Effects of phototherapy on muscle activity and pain in individuals with temporomandibular disorder: a study protocol for a randomized controlled trial
A EFICÁCIA DO USO DE CAR-T EM PACIENTES COM LEUCEMIA LINFOIDE CRÔNICA
Introdução: A leucemia linfocítica crônica (LLC) é uma doença linfoproliferativa crônica (DLPC), que afeta principalmente indivíduos adultos e tem crescimento raro e mais lento em crianças. Isso promove o estímulo ao desenvolvimento de novos tratamentos como a imunoterapia com células CAR-T, que utiliza células de defesa geneticamente modificadas e reprogramadas em laboratório para eliminar os tumores. Nesse contexto, faz se necessário maiores investigações da eficácia do uso de célula CAR T frente a LLC, uma vez que é de causa multifatorial. Objetivos: Investigar a eficácia das células de imunoterapia CAR-T como uma abordagem terapêutica para pacientes com leucemia linfoide crônica, com o objetivo de verificar se essa estratégia é eficaz. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo descritivo de revisão bibliográfica, feita por meio dos descritores “((Efficacy) AND (Leukemia)) AND (Lymphocytic Chronic)) AND (B-Cell)) AND (Immunotherapy)) AND (Therapy, CAR T-Cell)) AND (Adoptive)) AND (Biomarkers)) NOT (acute)”, resultando em 12 artigos na base de dados PubMed. Utilizamos o filtro de resultados para os 5 últimos anos, resultando em artigos de 2019 a 2023. Foram selecionados os 4 que abordavam o tema e descartados os 11 restantes. Resultados: A terapia com células T CAR anti-CD19 mostrou uma taxa de resposta global (ORR) de 82% no 28° dia, com 64% dos pacientes em remissão completa (CR). A LLC progrediu em quatro de 22 pacientes, e a sobrevida global média foi de 20,3 meses. Infusões com doses superiores a 2,5 × 106 células/kg resultaram em ORR de 88% e CR de 75%, indicando um efeito dose-responsiva. Efeitos adversos incluíram Síndrome de Resposta Citocinética (SRC) e Eventos Neurológicos. A SRC variou de graus 1 a 5, com febre, hipotensão e insuficiência renal. A toxicidade neurológica durou em média 1 dia, com encefalopatia reversível, disfagia, disartria e alucinações. Houve aumento nos níveis de citocinas após a infusão de células CAR-T. Discussão: A eficácia da terapia com células CAR-T na leucemia linfocítica crônica (LLC) revela avanços significativos e desafios persistentes. A partir da revisão dos quatro artigos encontrados, a terapia CAR-T mostrou uma alta taxa de resposta global (82%) e remissão completa (64%) no 28° dia, indicando seu potencial como uma opção eficaz para pacientes com LLC. No entanto, a progressão da doença em alguns pacientes e a mediana de sobrevida global de 20,3 meses destacam a variabilidade da eficácia entre os indivíduos. A análise também mostrou que doses mais altas de células CAR-T podem melhorar os resultados, mas levantam questões sobre a segurança e a relação custo-benefício. Por fim, os efeitos adversos como a Síndrome de Resposta Citocinética e eventos neurológicos sublinham a necessidade de um manejo cuidadoso desses efeitos. Conclusão: O uso terapêutico de células CAR-T frente LLC demonstrou eficácia, com indicadores de CR superiores a 60% nos pacientes. Salienta-se que essa terapia pode ser impactada por fatores intrínsecos das células T, carga tumoral, terapias anteriores e outros coeficientes. A revisão dos estudos recentes reforça a necessidade de mais pesquisas a longo prazo para entender a durabilidade da resposta e a segurança contínua da terapia CAR-T na LLC
ALTERAÇÕES HEMOSTÁTICAS NA DOENÇA DE VON WILLEBRAND TIPO 3 E SUAS INFLUÊNCIAS EM MULHERES DURANTE A GRAVIDEZ: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Introdução: A doença de von Willebrand tipo 3 (VWS tipo 3) é uma patologia hemorrágica rara e severa que apresenta riscos agravantes quando associada a mulheres grávidas. A identificação das manifestações específicas, profilaxia e tratamento são essenciais para um bom prognóstico, embora ainda existam incertezas sobre esse cenário, tornando-o desafiador. Objetivo: Avaliar riscos durante a gestação e complicações obstétricas associadas às alterações hemostáticas em mulheres grávidas com Doença de Von Willebrand tipo 3, investigando abordagens terapêuticas e manejo clínico que minimizem esses cenários. Materiais e métodos: Foi realizada uma revisão bibliográfica nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e PUBMED. Utilizaram-se os descritores: “type 3”, “Von Willebrand disease”e “pregnancy”, conectados pelo operador booleano “AND”. Foram filtradas publicações de 2018 a 2024, nos idiomas português e inglês. No total, foram selecionados 9 artigos, mas foram eleitos 2 para análise. Resultados: Os artigos analisados demonstram os riscos durante a gestação em mulheres com DVW tipo 3, diagnosticadas antes da gravidez por análise de fator hematológico ou teste genético. O tratamento profilático recomendado ocorre no pré-parto e deve ser considerado para mulheres com histórico de sangramento mucocutâneo, articular, gastrointestinal ou menorragia, a fim de reduzir complicações. Algumas mulheres podem necessitar de transfusões pós-parto, demonstrando a gravidade das complicações hemorrágicas nesse período. Gestantes com DVW tipo 3 apresentam níveis de FVW basal significativamente diminuídos, com nível médio de VWF 3,4‒2,4 UI/dL. Esses níveis aumentam após a administração de concentrado de FVIII ou fator anti-hemofílico/complexo VWF pré-parto, indicando uma resposta bem-sucedida ao tratamento, permitindo o parto vaginal de maneira segura para essa população. Discussão: Os desafios no manejo da DVW-3 durante a gestação são principalmente devido aos casos com aloanticorpos contra o FVW e a hemorragia pós-parto (Scott, 2018; Makhamreh, 2021). Destaca-se a importância de um tratamento profilático com concentrados de FVW/FVIII para mitigar os riscos hemorrágicos durante a gestação e o parto (Makhamreh, 2021). A necessidade de cuidados multidisciplinares envolvendo obstetras, hematologistas e anestesistas é enfatizada para planejar o parto e gerenciar o sangramento, considerando os riscos aumentados e a presença de aloanticorpos que podem complicar o tratamento padrão (Makhamreh, 2021; Scott, 2018). A redução da atividade de aloanticorpos durante a gravidez sugere possíveis efeitos imunossupressores da gestação (Scott, 2018), mas mais pesquisas são necessárias para estabelecer diretrizes padronizadas para essa população de alto risco (Makhamreh, 2021). Conclusão: O tratamento para a DVW tipo 3 consiste na administração de concentrado de FVIII ou fator anti-hemofílico/complexo VWF, já que, durante a gravidez, os níveis de fator basal de FVW diminuem. Os estudos revisados convergem na necessidade de pesquisas mais aprofundadas para entender melhor os mecanismos subjacentes à DVW durante a gestação e aprimorar o manejo clínico dessa população
PERSPECTIVAS ESPERANÇOSAS NO TRATAMENTO DA LEUCEMIA: COMO ESTÃO SENDO USADAS AS CAR-T CELLS PARA COMPREENDER A MELHORA E CURA DO QUADRO ONCO HEMATOLÓGICO
Introdução: A leucemia é caracterizada pelo crescimento descontrolado de células anormais na medula óssea. Avanços recentes nas terapias com células T do receptor de antígeno quimérico (CAR) representam uma abordagem inovadora no tratamento de cânceres hematológicos, mostrando capacidade de erradicá-los e gerar respostas clínicas eficazes e duráveis. Este artigo explora como as células CAR-T estão sendo usadas para compreender e potencialmente curar quadros onco-hematológicos. Objetivo: Discutir o uso de células CAR-T no tratamento da leucemia e explorar como essa tecnologia contribui para o bom prognóstico dos pacientes ao abordar inovações, resultados clínicos e desafios presentes no uso desta técnica. Materiais e métodos: Trata-se de uma revisão integrativa de artigos sobre o uso de células CAR-T no tratamento de quadros onco-hematológicos publicados de 2021 a 2024. Utilizou-se a base de dados PUBMED e o critério de inclusão foram artigos que abordassem o tema exposto, de impacto internacional e com os termos CAR-T Cell; Leucemia; Leukemia. Foram selecionados cinco artigos para análise. Resultados: A tecnologia no tratamento com células T do receptor de antígeno quimérico (CAR) mostrou-se eficaz na remissão em pacientes com cânceres hematológicos, como a leucemia linfoblástica aguda e leucemia mieloide crônica, com taxas de remissão completa de 42% a 100% e parcial de 28,5%, oferecendo controle a longo prazo e melhora na qualidade de vida. No entanto, a terapia CAR-T pode causar efeitos colaterais como a síndrome de liberação de citocinas (CRS) e neurotoxicidade. Discussão: As células CAR-T têm demonstrado resultados promissores no tratamento da leucemia, com taxas de remissão completa entre 42% e 100% e remissão parcial de 28,5% (Li, 2022; Badar, 2022). Esses resultados refletem a capacidade das células CAR-T de direcionar antígenos em células malignas (Li, 2022). A identificação de antígenos-alvo adequados, especialmente na leucemia mieloide aguda, é crucial para diminuir efeitos colaterais e aumentar a eficácia do tratamento (Li, 2022). No entanto, a terapia CAR-T não está isenta de desafios. Efeitos colaterais, como a síndrome de liberação de citocinas (CRS) e neurotoxicidade, são comuns e requerem manejo cuidadoso (Li, 2022; Badar, 2022). A durabilidade e persistência das respostas positivas das células CAR T ainda são uma área de interesse (Badar, 2022). A utilização dessas células como uma ponte para transplantes é benéfica para pacientes com doenças recidivantes e refratárias (Badar, 2022). Em suma, enquanto as terapias com células CAR-T oferecem uma boa perspectiva para a cura da leucemia, a otimização dos alvos terapêuticos, o entendimento das dinâmicas celulares pós-infusão e a mitigação dos efeitos colaterais continuam sendo áreas importantes de pesquisa (Badar, 2022; Lee, 2023). Conclusão: Nota-se um impacto positivo das terapias CAR-T nos tratamentos onco-hematológicos. Quando usadas no tratamento de leucemias, essas terapias mostram altas taxas de remissão completa e significativa remissão parcial, proporcionando controle a longo prazo e melhorando a qualidade de vida. Apesar dos desafios dos efeitos colaterais, é crucial avançar em estudos para otimizar essas terapias e maximizar seus benefícios clínicos
Effect of mandibular mobilization on electromyographic signals in muscles of mastication and static balance in individuals with temporomandibular disorder: study protocol for a randomized controlled trial
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)Background: The stomatognathic system and dysfunction in this system may be related to postural control. The proposal of the present study is to assess the effect of mandibular mobilization in individuals with temporomandibular disorder using surface electromyography of the muscles of mastication and stabilometric variables. Methods/Design: A randomized, controlled, blind, clinical trial will be carried out, with the participants divided into three groups: 1) facial massage therapy (control group), 2) nonspecific mandibular mobilization and 3) specific mandibular mobilization. All groups will be assessed before and after treatment using the Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders, surface electromyography of the masseter and temporal muscles and stabilometry. This study is registered with the Brazilian Registry of Clinical Trials (RBR9x8ssz). Discussion: A large number of studies have employed surface electromyography to investigate the function/dysfunction of the muscles of mastication and associations with signs and symptoms of temporomandibular disorders. However, it has not yet been determined whether stabilometric variables offer adequate reliability in patients with this disorder. The results of the proposed study will help determine whether specific and/or nonspecific mandibular mobilization exerts an effect on the muscles of mastication and postural control. Moreover, if an effect is detected, the methodology defined in the proposed study will allow identifying whether the effect is local (found only in the muscles of mastication), global (found only in postural control) or generalized.14Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP
