107 research outputs found

    Mudanças de perspectivas a partir de trabalho participativo em terra indígena.

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    Este trabalho enfatiza a metodologia participativa como forma de alcançar melhores resultados em trabalhos aplicados com povos indígenas, valorizando o conhecimento tradicional e ampliando, assim, a visão sobre a forma de trabalhar e pesquisar. Todo o trabalho tem, como base, o Plano de Gestão da Terra Indígena, também chamado de plano de vida, e todo o trabalho visa dar subsídios para o melhor planejamento e alcançar a segurança alimentar do grupo. A partir de uma demanda inicial dos Huni Kuin (Kaxinawá) da TI Kaxinawá de Nova Olinda (TIKNO), iniciou-se um processo de diálogo com diversos momentos, através de reuniões na cidade de Feijó-AC e na Aldeia Nova Olinda, para levantar outras demandas e discutir prioridades a serem incluídas num projeto de Pesquisa e Desenvolvimento no âmbito da Embrapa e com apoio de outras instituições parceiras. Ao final, o projeto foi estruturado em quatro planos de ação temáticos, cada qual com diversas atividades de pesquisa e/ou desenvolvimento, cuja execução foi entre setembro de 2011 e agosto de 2014. Foram realizadas seis expedições à TIKNO, além de ações de intercâmbio, quando Agentes Agroflorestais dessa TI participaram de atividades na TI Kaxinawá da Praia do Carapanã, em Tarauacá-AC, e da Feira de Sementes dos Krahô em Tocantins

    Calendário agrícola, agrobiodiversidade e distribuição espacial de roçados Kulina (Madija), Alto Rio Envira, Acre, Brasil.

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    O presente trabalho objetiva avaliar a composição e distribuição espacial e temporal de roçados entre os Kulina (Madija) do Alto Rio Envira, estado do Acre, sudoeste da Amazônia Brasileira. A população estudada vive em aldeias às margens do rio Envira, distribuídas em três Terras Indígenas, e sua língua pertence à família linguística Arawá. A pesquisa de campo foi realizada com base em entrevistas semiestruturadas e abertas, observação direta e participante, marcação dos roçados com aparelho de GPS e fotografias. Foram observados 64 roçados, com áreas que variam de 50 m2 até 2 ha. São cultivadas entre 3 e 15 espécies em cada roçado. O calendário agrícola segue a sazonalidade regional. O trabalho nos roçados envolve a abertura, ano após ano, de novos espaços de cultivo, tendo em vista a manutenção das plantas cultivadas e a produção de alimentos. O sistema de cultivo segue o ciclo roça-capoeira-floresta, integrado em mosaico com outros espaços da floresta. Além das áreas florestais, são aproveitadas as praias para cultivo de algumas espécies. Os roçados, a despeito do uso do fogo, seguem alguns princípios agroflorestais sucessionais e contribuem para a conservação da agrobiodiversidade e recomposição da floresta. As áreas abertas para cultivo são relativamente pequenas e, após o "abandono", como está cercada pela floresta, rapidamente ocorre a regeneração florestal

    Os caminhos para o desenvolvimento local da agricultura familiar no Acre: estudo comparativo das interações sociais de duas comunidades do Projeto de Assentamento Dirigido Pedro Peixoto - PAD Peixoto.

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    O presente trabalho estudou as recentes mudanças nos sistemas de produção, nas representações e disposições do pensar de agricultores familiares, bem como se propôs identificar e compreender as redes de relações sociais que os mesmos têm com o ambiente externo e como elas afetam o desenvolvimento local. Busca-se nesse estudo de caso, caracterizar a extensão das interações sociais dos agricultores e, ao mesmo tempo, entender como essas redes foram construídas, concomitantemente ao referencial teórico-analítico das categorias capital humano e capital social no desenvolvimento local, tomando como base o estudo em torno de duas comunidades de agricultores familiares, assentados do Projeto de Assentamento Dirigido Pedro Peixoto PAD Peixoto, no município de Senador Guiomard, estado do Acre. A análise referente ao capital humano se deteve sobre a origem dos agricultores diretamente envolvidos, o encontro das famílias, o processo de organização dos agricultores, a evolução e as relações de lideranças. Vale ressaltar que se elegeu, para o estudo, uma comunidade bem sucedida e outra mal sucedida, tomando como indicador a que conseguiu, ao longo do tempo, ganhos econômicos, sociais e políticos. Por sua vez, a segunda apresentava perfil contrário, caracterizando-se pelo estágio de estagnação. De conformidade com os dados coletados em entrevistas participativas, utilização da metodologia linha do tempo e da sistematização de experiências, as comunidades apresentaram diversos momentos especificamente, em suas histórias, entre avanços e retrocessos, ficando claro que houve uma diferença fundamental no fator organização sociais comunitários

    Content and label diagnosis of commercialized herbal drug of Uncaria tomentosa (Willd.) DC. in Rio de Janeiro and Minas Gerais.

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    Uncaria tomentosa, known as cat's claw, is a medicinal plant used as antiinflammatory in folk medicine and in SUS fitotherapy. To ensure safety and effectiveness in its use, it's necessary to certify the authenticity of the drug. This work aims to know if the herb drugs of U. tomentosa offered in Rio de Janeiro and Minas Gerais markets are authentic, and if their labels are according to RDC10/2010

    Cultivo de espécies alimentares em quintais urbanos de Rio Branco, Acre, Brasil.

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    (Cultivo de espécies alimentares em quintais urbanos de Rio Branco, Acre, Brasil). Os quintais são espaços de resistência no ambiente urbano que garantem a interação do homem com elementos do mundo natural. As plantas alimentares cultivadas em quintais urbanos são importantes na complementação da dieta alimentar dos moradores da cidade. Este trabalho teve como objetivo realizar um levantamento das espécies vegetais de uso alimentar cultivadas em quintais urbanos de Rio Branco. Foram realizadas entrevistas presenciais com uso de questionário específi co registrando as espécies vegetais de uso alimentar, área do quintal e fatores socioeconômicos dos moradores em 132 quintais urbanos de Rio Branco entre 2009 e 2010. Os bairros selecionados para este estudo foram Aeroporto Velho, Placas e Novo Horizonte, todos situados na periferia do município. Foram detectadas 77 espécies de uso alimentar pertencentes a 34 famílias botânicas, com destaque para as famílias Solanaceae (12,6%) e Myrtaceae (11,3%), sendo 62,0% de espécies frutíferas e 38,0% de hortaliças. Do total de espécies registradas 82,3% são exóticas, sendo 34,1% e 18,9% associadas ainda ao uso medicinal e ornamental. Não foram identificadas associações estatísticas significativas entre a riqueza de espécies e os fatores socioeconômicos. A análise de variância não paramétrica apresentou diferenças significativas entre bairros revelando que o bairro Placas possui maior riqueza de espécies. A riqueza de espécies correlacionou positivamente com a área dos quintais. O cultivo das plantas alimentares em quintais urbanos de Rio Branco auxilia no tratamento de doenças e promove a conservação da agrobiodiversidade, bem estar aos moradores pela melhoria da paisagem, ambiência microclimática e espaço de lazer

    Saberes e práticas sobre plantas: a contribuição de Barbosa Rodrigues.

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    João Barbosa Rodrigues (1842-1909) teve rica experiência entre diferentes sociedades. Fez estudos e ilustrações detalhados de plantas e dos ambientes onde ocorriam. Aliando essas experiências às leituras, experimentos em laboratórios e trocas com seus pares, defendeu a hipótese de que as denominações das plantas não eram fruto da união arbitrária de características, mas de uma lógica apoiada em observações aceitas e legitimadas pelos nativos, que seguiam um método para classificação das plantas. O tema é detalhado em Mbáe Kaá-Tapyiyetá Enoyndaua, obra aqui contextualizada. No cenário de afirmação de uma ciência brasileira, ele defendia a importância da classificação botânica indígena, cujo entendimento só seria possível pela convivência com os índios, com o entendimento da língua e conhecimentos botânicos

    Plantas ornamentais em quintais urbanos de Rio Branco, Brasil.

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    As plantas ornamentais são importantes na cultura e no bem estar dos moradores das cidades na Amazônia. Este trabalho teve como objetivo caracterizar as espécies vegetais de uso ornamental em quintais urbanos de Rio Branco, Acre, e a relação com aspectos sociais. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas, abrangendo 132 quintais urbanos, entre 2009 e 2011. Os bairros selecionados para este estudo foram Aeroporto Velho, Placas e Conjunto Novo Horizonte, situados na periferia do município. Foram catalogadas 140 espécies ornamentais, pertencentes a 49 famílias botânicas, com destaque para Euphorbiaceae (7%), Arecaceae (6,4%) e Araceae (5%). Entre as espécies ornamentais registradas, 57,5% são exóticas, 16% apresentam uso medicinal e 44% são herbáceas. A análise de regressão dos dados entre a diversidade de espécies, a área e os parâmetros sociais dos entrevistados não mostrou significância. O cultivo de plantas ornamentais em quintais urbanos de Rio Branco auxilia na ambiência da residência e melhoria da paisagem, gera bem estar aos moradores pelo espaço de lazer e contribui para a conservação de recursos genéticos

    Caracterização físico-química de farinhas de mandioca (Manihot esculenta Crantz) dos povos indígenas Kaxinawá.

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    A produção de farinha na TI Kaxinawá de Nova Olinda é feita pelas famílias, cada qual produzindo o suficiente para seu próprio consumo sempre que considerem necessário e tenham matéria-prima adequada e suficiente para a produção de farinha. Não há produção para comercialização fora da TI. O processo de produção é bastante simples e pode ser de dois tipos: a partir da raiz ralada, prensada e torrada; ou a chamada farinha puba, que consiste em deixar as raízes de molho na água até amolecerem, seguido de prensagem e torração. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi caracterizar as farinhas de mandioca produzidas na TI Kaxinawá de Nova Olinda

    Plantas medicinais em quintais urbanos de Rio Branco, Acre.

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    Este trabalho teve como objetivo realizar levantamento das espécies vegetais de uso medicinal cultivadas em quintais urbanos da cidade de Rio Branco. Foram realizadas entrevistas presenciais com aplicação de questionário especifico registrando as espécies vegetais de uso medicinal e dados sócio-econômicos dos moradores em 132 quintais urbanos de Rio Branco entre 2009 e 2010. Os bairros selecionados para o estudo foram: Aeroporto Velho, Placas, e Novo Horizonte, todos situados na periferia do município. Foram detectadas 83 espécies vegetais de uso medicinal pertencente a 50 famílias botânicas com destaque para Lamiaceae (12,0%) e Asteraceae (6,0%), sendo 66,2% exóticas, e 28,9% e 16,8%, associadas ao uso alimentar e ornamental, respectivamente. A decocção das folhas visando à obtenção do chá foi o principal modo de preparo das plantas. A análise de regressão logística entre a riqueza de espécies e diversos fatores socioeconômicos dos entrevistados mostrou que a probabilidade de ocorrência de espécies é três vezes maior em quintais manejados por moradores com idade superior a 50 anos de idade. A análise de correlação não paramétrica de fatores quantitativos mostrou que a variável tempo de moradia está mais correlacionada com a riqueza de plantas medicinais do que a variável idade. O cultivo das plantas medicinais em quintais urbanos de Rio Branco auxilia no combate a doenças e promove a conservação ex situ da agrobiodiversidade agroflorestal, bem estar aos moradores pela melhoria da paisagem, ambiência microclimática e espaço de lazer
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