54 research outputs found

    Fenomenologia do tempo vivido no transtorno bipolar

    Get PDF
    Based on the phenomenological tradition of psychopathology, this article aims to contribute to the comprehension of the world as experienced by bipolar patients, which is characterized by a strong shift in the experience of time. A different description of the experienced time was made for the manic and depressive phase. During a depressive phase the bipolar patient seems to stop in time. In the manic phase, the subject lives completely focused on the here and now, as if his there has been no life before the present. We conclude that these phases, or the two opposite poles in the pathologic operation of time of bipolar suffering, are fundamentally part of the same experienced world of bipolar patiens.Com base na tradição da psicopatologia fenomenológica, este artigo se propõe a contribuir para a compreensão do mundo vivido do paciente bipolar, marcado por uma forte alteração do tempo vivido. Realizamos uma descrição deste tempo vivido significado de forma diferente nas oscilações de humor chamadas de fase maníaca e fase melancólica. Pensado a partir da temporalidade, na fase melancólica, o bipolar parece parar no tempo, não se lança em um devir. Na fase maníaca, o sujeito vive demasiadamente um agora como se tivesse explodido sua biografia, desconsiderando aquilo que viveu ou mesmo viverá. Concluímos que estas fases, ou dois pólos opostos no funcionamento temporal patológico do sofrimento bipolar constituem fundamentalmente um mesmo mundo vivido

    A liberdade das patologias

    Full text link
    editorial reviewe

    Os rituais da construção da subjetividade masculina

    Get PDF
    The text discusses the making of subjectivity male’s rituals, pointing out the actual difficulties experienced by man, his necessity of differentiation of woman and the fact that, on the contrary of her, he is made negatively, that is, he must not be a baby, a woman and a homosexual. The text stands out that this phenomenon is engendered by the patriarchal system, that defines and controls the social relations of gender since many centuries and, although it has been losing its power, what supports some socially considered feminine capacities, it continues, by the other side, making men confused because of the increasing multiplicity of gender roles, what has characterized, for various social thinkers, as a crisis of male subjectivity. In conclusion, the text denounces the frequent context of violence where men are still made in our days. O texto discute os rituais da construção da subjetividade masculina, apontando as dificuldades atuais vividas pelo homem, a necessidade de diferenciação em relação à mulher e o fato de que, ao contrário dela, ele é construído negativamente, ou seja, não deve ser um bebê, não deve ser uma mulher e não deve ser um homossexual. Destaca que tal fenômeno é engendrado pelo patriarcado, que define e controla as relações sociais de gênero há séculos. Afirma que, embora tal sistema sociocultural venha perdendo sua força, favorecendo a expressão de algumas capacidades socialmente consideradas “femininas”, por outro lado, vem deixando os homens confusos devido à crescente multiplicidade dos papéis de gênero, o que tem caracterizado, para diversos pensadores sociais, uma crise da subjetividade masculina. Finalmente, denuncia o contexto de violência frequente em que ainda são construídos os homens, na atualidade

    Sustentação e reconhecimento

    Get PDF
    Este artigo é parte de um trabalho em andamento sobre a fenomenologia da sustentação (portance), uma noção no entrecruzamento da antropologia e da ontologia, com inúmeros desafios clínicos e éticos. As principais formas de sustentação associadas ao reconhecimento são consideradas aqui, através dos laços profundos que envolvem reconhecimento e ser sustentado, reconhecer e sustentar, mas também reconhecer e ser reconhecido. Como uma realização da dimensão perceptiva da inteligência, o reconhecimento se abre conjuntamente à existência e ao estilo do ser percebido, discerne e atesta sua singularidade, experimentando assim uma das três grandes qualidades ontológicas da sustentação

    Os Significados da Experiência Hiperfágica na Compulsão Alimentar e na Bulimia Nervosa

    Get PDF
    Os transtornos alimentares costumam ser caracterizados por perturbações na forma e na configuração do ato de comer, resultando em um modo alterado de consumir alimentos, como no caso da hiperfagia. Ela revela a experiência de um sujeito que não consegue não comer que está presente na compulsão alimentar e na bulimia nervosa. Esta pesquisa busca compreender os significados da experiência hiperfágica na compulsão alimentar e na bulimia nervosa. Utilizando o método fenomenológico crítico de pesquisa, inspirado na fenomenologia de Merleau-Ponty, realizamos oito entrevistas com pacientes de um serviço interdisciplinar para transtornos alimentares. Utilizamos a seguinte pergunta disparadora: "Como é pra você comer?". Como resultados, os sentidos antagônicos do comer, a culpa, o descontrole, a compensação, a relação com o corpo e o olhar do outro foram experiências descritas nos dois diagnósticos e que foram discutidos sob uma lente fenomenológica. Concluímos que há uma dimensão comum da experiência hiperfágica na compulsão alimentar e na bulimia nervosa que se relaciona a uma alteração do modo de experienciar o próprio corpo e o impacto do olhar do outro na construção da própria identidade, o que converge de forma direta com as pesquisas de cunho fenomenológico que vêm sendo realizadas

    Entre “Dois Mundos”: A Experiência Vivida do Sujeito CODA

    Get PDF
    The initials CODA were made to designate the children of deaf adults, an abbreviation form to the term in english “children of deaf adults”. Those are people that move between “two worlds”, they live their experiences in the deaf world in their relationships with the deaf culture and the deaf community. Also, when they communicate using sign language at the same time they live with the habits, people and languages of the hearing world that exert a possible cultural mediation in these communities. The objective of this article is to understand the living world (Lebenswelt) of the CODA subject that lives with distinct characteristics, inside the hearing world and the deaf world. This research is qualitative, it reveals aspects related to the reality of the subjects and their social relations, addressing identity and cultural issues. Based on the phenomenological method, inspired by Merleau-Ponty, in the period of february until june 2019, we conducted a data collection and its analysis based on semistructured interviews with four CODA participants. The data analysis was made based on the following steps: Native text division; descriptive analysis and “leaving the parenthesis”. It was established as categories for analysis: the responsibility of being CODA and the experience between two worlds. It is understood that the experience before the living world of a CODA is crossed both by a common place of being CODA as by a singular experience. It was concluded that there is no way to separate the experience lived by the CODA subject in a hearing world and the deaf world, because he exists between these two worlds.La sigla CODA se creó para nombrar a los hijos oyentes de padres sordos, una abreviatura para el término en inglés “child of deaf adults”. Son personas que transitan entre “dos mundos”, experimentando sus vivencias en el mundo sordo, al relacionarse con la cultura y comunidad sorda y al comunicarse con las lenguas de señas, a un mismo tiempo en que conviven con las costumbres, pueblos y lenguas del mundo oyente, ejerciendo una posible mediación cultural frente a estas comunidades. Este artículo intenta comprender el mundo vivido (el Lebenswelt) del sujeto CODA que vive con características diferentes y está inmerso en el mundo oyente y en el mundo sordo. Este estudio es de naturaleza cualitativa, enfatizando aspectos relacionados con la realidad del sujeto y las relaciones sociales de él, abordando cuestiones culturales e identitarias. Desde una perspectiva del método fenomenológico, inspirado en Merleau-Ponty, en el período de febrero a junio de 2019, fueron realizadas la colecta de informaciones y su análisis a través de entrevistas semiestructuradas con cuatro participantes CODA. El análisis de los datos ha seguido los siguientes pasos: División del texto nativo; Análisis descriptivo y “Salir de los paréntesis”. Se establecieron las siguientes categorías para el análisis: la responsabilidad de ser CODA y la experiencia entre los dos mundos. Se entiende que la experiencia frente al mundo vivido del CODA es atravesada tanto por un lugar común de ser CODA, como por una experiencia singular. Concluimos que no hay manera de separar la experiencia del sujeto CODA en mundo oyente y en mundo sordo, pues él se constituye entre estos dos mundos.A sigla Coda foi criada para nomear os filhos ouvintes de pais surdos, uma abreviação para o termo em inglês “child of deaf adults”. São pessoas que transitam entre "dois mundos", vivendo suas experiências no mundo surdo, ao relacionar-se com a cultura e comunidade surda e comunicar-se com línguas de sinais, ao mesmo tempo que convive com costumes, povos e línguas do mundo ouvinte, e que exercem uma possível mediação cultural diante dessas comunidades. Este artigo tem como objetivo compreender o mundo vivido (Lebenswel) do sujeito Coda, que vive com características distintas, imerso no mundo ouvinte, e o mundo surdo. Este estudo é de cunho qualitativo, relevando aspectos voltados à realidade do sujeito e suas relações sociais, abordando questões culturais e identitárias. A partir do método fenomenológico, inspirado em Merleau-Ponty, no período de fevereiro a junho de 2019, foram realizadas a coleta de informações e sua análise a partir de entrevistas semiestruturadas com quatro participantes Codas. A análise dos dados seguiu os seguintes passos: divisão do texto nativo; análise descritiva e “sair dos parênteses”. Foram estabelecidas como categorias para análise: a responsabilidade de ser Coda e a experiência entre os dois mundos. Entende-se que a experiência diante do mundo vivido do Coda é atravessada tanto por um lugar comum de ser Coda, quanto por uma experiência singular. Conclui-se que não há como separar a experiência do vivido do sujeito Coda em mundo ouvinte e mundo surdo, pois ele se constitui entre esses dois mundos

    Abordagem fenomenológica da experiência hiperfágica na obesidade : um estudo nos contextos francês e brasileiro

    No full text
    L’acte de manger est toujours présent dans notre mode d’être-au-monde, traduisant un mode d’existence et un mode de relation avec le corps propre, avec les autres et avec le monde. L’hyperphagie nous renvoie à une expérience vécue par un sujet qui ne peut pas ne pas manger, qui place souvent l’acte de manger au centre de sa vie et qui exprime un mode psychopathologique à travers la prise alimentaire. Dès lors que l’hyperphagie est devenue un trouble alimentaire reconnu, classifié et de plus en plus étudié, elle s’est présentée comme un « nouvel » élément, souvent associé à la problématique de l’obésité. Cette thèse a pour but de proposer une approche phénoménologique de l’expérience hyperphagique dans l’obésité. Notre parcours de recherche est divisé en quatre parties. Dans la première partie, nous présentons l’historique du corps et du discours psychiatrique autour des troubles alimentaires et de l’obésité, tout en identifiant la manière dont cette histoire et ces discours peuvent marquer l’expérience hyperphagique dans l’obésité. La deuxième partie est consacrée à la phénoménologie de Merleau-Ponty en tant que point de vue fécond pour la compréhension des troubles alimentaires et de l’obésité. Nous faisons un parcours qui démarre avec sa phénoménologie du corps, passe par sa notion de schéma corporel comme voie d’organisation de ce mode d’être corps et finit par son concept de chair. En s’approchant d’unephénoménologie clinique, nous discutons, dans la troisième partie, les contributions de Ludwig Binswanger et d’Arthur Tatossian pour le dévoilement de l’expérience hyperphagique dans l’obésité et nous présentons l’état de l’art actuel des publications phénoménologiques contemporaines sur les troubles alimentaires et sur l’obésité. En utilisant la méthode phénoménologique critique de recherche, nous présentons, dans la quatrième partie, les résultats des entretiens cliniques réalisés dans le contextes français (à Paris) et brésilien (à Fortaleza). Vingt sujets ont été interviewés dans les services de santé publique de chaque pays afin d’avoir un référentiel clinique plus direct, de pouvoir comprendre leur expérience hyperphagique et leur mode d’être obèse puis de comparer les nuances et les sens des spécificités de chaque contexte. Cette approche phénoménologique se constitue dansl’intersection entre la théorie, présentée dans les trois premières parties, et la pratique, mise en évidence à partir du contact clinique avec les patients. Parmi les résultats, nous retenons d’abord l’objectification du corps qui marque les modes de le vivre, produit de la souffrance et traverse la composition des troubles alimentaires et de l’obésité. Nous avons observé une désappropriation du corps souvent vécue dans l’expérience hyperphagique dans l’obésité. D’un côté, l’expérience hyperphagique dénote l’incapacité de ressentir les sentiments corporels et de pouvoir contrôler les actes alimentaires dans un bouleversement du mode d’éprouver le corps, tout en signalant l’« hyper » centralité de l’acte de manger. De l’autre côté, l’obésité signale l’expérience d’un sujet qui est souvent réduit à sa condition corporelle et porte une souffrance liée aux limitations physiques, à la visibilité de ce corps hors norme, aux jugements et à la pression des autres pour ne plus avoir ce corps. Ces deux expériences, recherchées ensemble, n’ont pas de frontières rigides et révèlent un sujet souvent perdu dans son mode d’être et d’avoir un corps. Nous concluons que le travail clinique passe par la réappropriation de ce corps par le sujet et par la récupération de sa condition de sujet qui peut ressentir, choisir, souffrir et aussi (ne pas) mangerThe act of eating is present in our ways of being in the world and also translates our relationships with existence, with our own bodies, with other people’s bodies and with the world. The concept of Hyperphagia brings to our notice the experience of an individual that is incapable of not eating, and who very often elevates the act of eating to central position in life, which presents a psychopathology by means food ingestion. Once hyperphagia became officially recognized as an eating disorder along with due classification and increasing interest as an object of investigation, a “fresh” element was presented and turned out to be rather frequently associated with the obesity problem. The objective of this thesis is to propose a phenomenological approach of hyperphagic experience in obesity. Our research procedure is divided into four parts. In the first part, we introduce the history of the body and of the psychiatric discourse upon eating disorders and obesity while identifying the means by which such history and discourses might influence the hyperphagic experience in obesity. The second part is dedicated to Merleau-Ponty’s phenomenology as a fruitful point of view for understanding eating disorders and obesity. The route we have followed starts with his phenomenology of the body, and then goes through his concept of body scheme as a means of organization of this bodily way of being, and finally reaches his concept of flesh. In close proximity to clinical phenomenology, we have discussed, in the third part, the contributions of Ludwig Binswanger and Arthur Tatossian towards unveiling the hyperphagic experience in obesity and presented the current state of the art in contemporary phenomenological publications on the theme of eating disorders and obesity. Employing the critical phenomenological method of research, we present, in the fourth part, the results of clinical interviews realized in the French (in Paris) and Brazilian (in Fortaleza) context. Twenty individuals were interviewed at centers of public health care in each country in order to have a more direct clinical reference, and also in order to understand the hyperphagic experience and the obese way of being and then compare nuances and specificity meanings in each context. This phenomenological approach is constituted by the intersection of theory, presented in the first three parts, and practice, highlighted by the clinical contact with patients. Among results, we initially highlight the objectification of the body that defines this body’s ways of living, produces suffering and permeates the composition of eating disorders and obesity. We have observed an expropriation of the body that is frequently experienced in the hyperphagic experience in obesity. On the one hand, the hyperphagic experience denotes an incapacity to feel bodily feelings and to control eating habits in a strong alteration in the ways of experiencing the body, hinting at a hyper centrality in the act of eating. On the other hand, obesity reflects the experience of an individual that is quite often reduced to his bodily condition and bears much suffering connected to physical limitations, to the visibility of such overweight body, and to other people’s judgementalism and pressure into no longer having that obese body. These two experiences, when researched together, do not present clearly defined borderlines and reveal an individual who is very often lost in his own way of being and having a body. We reach a conclusion in which clinical work implies the individual’s repossession of his own body as well as of his ability to feel, choose, suffer and also eat, or not.O ato de comer está sempre presente no nosso modo de ser-no-mundo, traduzindoum modo de existência e de relação com o corpo próprio, com os outros e com o mundo. Ahiperfagia nos remete a uma experiência vivida por um sujeito que não pode não comer, queposiciona frequentemente o ato de comer no centro de sua vida e que expressa um modopsicopatológico através da ingestão de alimentos. Uma vez que a hiperfagia tornou-se umtranstorno alimentar reconhecido, classificado e cada vez mais estudado, foi apresentado umelemento "novo" muitas vezes associado ao problema da obesidade. Esta tese tem comoobjetivo propor uma abordagem fenomenológica da experiência hiperfágica na obesidade.Nosso percurso de pesquisa é dividido em quatro partes. Na primeira parte, apresentamos ahistória do corpo e do discurso psiquiátrico em torno dos transtornos alimentares e daobesidade, identificando como essa história e esses discursos podem marcar a experiênciahiperfágica na obesidade. A segunda parte é consagrada à fenomenologia de Merleau-Pontycomo um ponto de vista fecundo para a compreensão dos transtornos alimentares e daobesidade. Fazemos um percurso que começa com sua fenomenologia do corpo, passa por seuconceito de esquema corporal como via de organização desse modo de ser corporal e terminacom seu conceito de carne. Aproximando-se de uma fenomenologia clínica, discutimos, naterceira parte, as contribuições de Ludwig Binswanger e de Arthur Tatossian para odesvelamento da experiência hiperfágica na obesidade e apresentamos o estado da arte atualdas publicações fenomenológicas contemporâneas sobre os transtornos alimentares e sobre aobesidade. Utilizando o método fenomenológico crítico de pesquisa, apresentamos, na quartaparte, os resultados das entrevistas clínicas realizadas nos contextos francês (em Paris) ebrasileiro (em Fortaleza). Vinte sujeitos foram entrevistados em serviços de saúde pública decada país, a fim de ter uma referência clínica mais direta, compreender a experiênciahiperfágica e o modo de ser obeso e, então, comparar as nuances e os sentidos dasespecificidades de cada contexto. Esta abordagem fenomenológica é constituída na interseçãoentre a teoria, apresentada nas três primeiras partes, e a prática, destacada pelo contato clínicocom os pacientes. Entre os resultados, destacamos inicialmente a objetificação do corpo quemarca os modos de viver esse corpo, produz sofrimento e atravessa a composição dostranstornos alimentares e da obesidade. Observamos uma desapropriação do corpofreqüentemente vivida na experiência hiperfágica na obesidade. Por um lado, a experiênciahiperfágica denota a incapacidade de sentir os sentimentos corporais e poder controlar os atosalimentares em uma forte alteração do modo de experienciar o corpo, sinalizando para uma“hiper” centralidade do ato de comer. Por outro lado, a obesidade sinaliza a experiência de umsujeito que é muitas vezes reduzido a sua condição corporal e carrega um sofrimento ligado àslimitações físicas, à visibilidade desse corpo fora da norma, aos julgamentos e à pressão dosoutros para não ter mais esse corpo. Essas duas experiências, pesquisadas juntas, não têmfronteiras rígidas e revelam um sujeito muitas vezes perdido em seu modo de ser e ter umcorpo. Concluímos que o trabalho clínico envolve a reapropriação deste corpo pelo sujeito e arecuperação de sua condição como sujeito que pode sentir, escolher, sofrer e também (não)comer

    La Daseinsanalyse de Ludwig Binswanger: corps, direction de sens et psychothérapie

    Get PDF
    En considérant les contributions daseinsanalytiques de Binswanger, cet article se présente comme une revue narrative de la littérature qui propose un retour à ses œuvres avec le but de discuter trois axes centraux: le corps vécu, les directions de sens et la psychothérapie. En reconnaissant le Dasein comme corporel, Binswanger positionne le corps comme un moyen d’expression des différents modes d’existence et comme un indicatif des directions de sens qui marquent la spatialité de l’existence. Par rapport à la psychothérapie, il souligne la nécessité d’explorer l’histoire de vie pour découvrir les flexions de la structure de l’être-dans-le-monde. On peut conclure que chez Binswanger ces trois axes de discussion se croisent dans la mesure où ils font partie de sa structure de compréhension dans la Daseinsanalyse, approchant la discussion psychopathologique de la pratique clinique
    corecore