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    Desempenho de sementes de algodão tratadas quimicamente e armazenadas

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    Considerando que o armazenamento desempenha papel decisivo na manutenção da qualidade da semente, desenvolveu-se este trabalho com o objetivo de avaliar a qualidade fisiológica e fitossanitária de sementes de algodão, tratadas quimicamente e armazenadas por doze meses. Foram utilizados dois lotes de sementes de algodão cv. DeltaPine-AC90, deslintados quimicamente, que foram submetidos aos tratamentos fungicidas e inseticidas: testemunha; Disulfoton + Carboxin + Thiram; Carbofuran + Carboxin + Thiram; Imidacloprid + Tolylfluanid + Pencycuron. As sementes foram armazenadas em armazém sem controle de temperatura e umidade relativa do ar. Foram retiradas amostras de sementes no início do armazenamento e a cada dois meses e avaliadas quanto ao teor de água, à porcentagem de germinação, ao vigor (testes de envelhecimento acelerado e de germinação à baixa temperatura), à sanidade e à emergência das plântulas. O delineamento utilizado foi o inteiramente casualizado, em esquema fatorial, com quatro repetições. Verificou-se redução da germinação e do vigor de sementes em função do armazenamento. A redução da qualidade fisiológica associou-se com o aumento na ocorrência de Aspergillus sp. e Penicillium sp. nas sementes. A manutenção da qualidade de sementes de algodão foi obtida até o oitavo mês de armazenagem, podendo-se concluir que: a eficiência do tratamento químico de sementes de algodão depende da combinação de produtos utilizados; não se deve tratar com fungicida sementes de algodão com baixo nível de vigor; a ocorrência dos fungos Aspergillus sp. e Penicillium sp. aumentou com o período de armazenamento nas sementes sem tratamento e que a manutenção da qualidade de sementes de algodão para comercialização depende da sua qualidade inicial e do período de armazenamento.Considering that the storage develops an important role in the maintenance of seed quality, this experiment was carried out to evaluate the physiological and sanitary qualities of cotton seeds chemically treated and stored until twelve months. Two cotton seed lots cv. DeltaPine-AC90, chemically delinted, were treated with four different fungicides and inseticides: control; Disulfoton + Carboxin + Thiram; Carbofuran + Carboxin + Thiram; Imidacloprid + Tolylfluanid + Pencycuron. The conditions of temperature and humidity of the storage environment were not controlled. At the beginning of storage and every two month the seed samples were evaluated for moisture content, germination percentage, vigor determined by the accelerated aging test and germination at low temperature, sanitary conditions and seedling emergence in sand. It was observed that the physiological quality of cotton seeds (germination and vigor) was reduced during storage and that the occurrence of Aspergillus sp. and Penicillium sp. increased as well. The seed quality for commercialization was maintained until the eighth month of storage. It was concluded that: the efficiency of the fungicide and inseticide treatments depends on the combination of the used products; cotton seeds with low vigor level should not be treated; the occurrence of Aspergillus sp. and Penicillium sp. increased during storage in the seeds without treatment; the maintenance of the cotton seed quality for commercialization depends on the initial quality and the storage period.Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) Epamig Centro Tecnológico do Triângulo e Alto ParanaíbaUNESP FCAV Depto. de Produção VegetalUNESP FCAV Depto. de Ciências ExatasUNESP FCAV Depto. de Produção VegetalUNESP FCAV Depto. de Ciências Exata

    Hábito de crescimento de Colletotrichum gossypii e C. gossypii var. Cephalosporioides em sementes de algodoeiro Growth habit of Colletotrichum gossypii and C. Gossypii var. Cephalosporioides on cotton seeds

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    Observações sobre o hábito de crescimento de Colletotrichum gossypii e C. gossypii var. cephalosporioides em sementes de algodoeiro, inoculadas artificialmente e incubadas a 20-22°C durante cinco a sete dias, evidenciaram as seguintes características: (a) em raízes: acérvulos isolados ou em grupos, massa conidial cor branco-suja, alaranjada ou salmão (mais freqüente), setas marrom-escuras, muitas vezes encobertas pela matriz gelatinosa; conídios produzidos também no micélio aéreo ou nas extremidades das setas, onde ficam aderidos, formando pequenos aglomerados; (b) na superfície das sementes: conídios produzidos nos ápices de setas que emergem diretamente do tegumento, ficando aderidos uns aos outros, formando cachos, semelhantes a cadeias, que são vistos brilhantes sob a luz, em estereomicroscópio. As setas férteis são formadas também no micélio aéreo que recobre as sementes, geralmente após cinco dias de incubação. Os acérvulos com massa conidial raramente são visíveis, exceto em sementes danificadas ou mortas. Como característica de C. gossypii, observou-se que as sementes exibem, de modo geral, uma coloração rosada, em decorrência da abundante esporulação; a ausência ou escassez de micélio aéreo e as setas curtas resultam em um crescimento rente ao tegumento e aspecto compacto. Comparativamente, nas sementes com C. gossypii var. cephalosporioides, as setas são mais longas e menos densas; o micélio aéreo com setas férteis ocorre com mais freqüência, conferindo às sementes tonalidades acinzentadas e aspecto solto. A constatação de setas férteis em lesões foliares de ramulose evidencia que, no campo, essas estruturas podem funcionar como autênticos conidióforos, desempenhando um importante papel epidemiológico, ao possibilitar a disseminação dos esporos pelos ventos, a longas distâncias.<br>The growth habit of Colletotrichum gossypii and C. gossypii var. cephalosporioides on artificially inoculated cotton seeds and incubated at 20-22°C during 5 to 7 days, showed the following characteristics: (a) on roots: single or coalesced acervuli, conidial mass dirty white, orange or salmon (frequently), dark brown setae, often covered by the gelatinous matrix; conidia also produced from the aerial mycelium or from the apex of the setae, where some of them remain bound to each other, forming small heads; (b) seed surface: the setae arise directly from the seed coat, bearing conidia in the apex. These conidia are seen slicked together, forming clusters resembling chains, bright under stereomicroscope light. The fertile setae are also produced from the aerial mycelium that cover the seeds, generally 5 days after incubation. The acervuli with conidial matrix are rarely visible, except for the embrionary tissues, under the damaged seed coat or for dead seeds. The seeds with C. gossypii show generally a light pink shade due to the abundant sporulation that cover the setae. The mycelium over the seeds is scanty or absent and the short setae appear flat on the seeds, resulting in a compact growth. In contrast, on seeds with C. gossypii var. cephalosporioides, the setae are taller and less dense. The aerial mycelium with fertile setae is frequent, giving to the seed a grayish and loose, fluffy appearance. The presence of fertile setae also could be seen on foliar lesions of ramulosis. This fact suggest that under field conditions these structures have a function of authentic conidiophores, which play an important epidemiological role on long distance spore dissemination by the wind

    Variabilidade genética entre isolados de Colletotrichum gossypii do algodoeiro Genetic variability among the isolates of Colletotrichum gossypii of cotton

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    O algodoeiro é atacado por Colletotrichum gossypii (CG) e C. gossypii var. cephalosporioides (CGC). Ambos os patógenos são transmitidos pela semente e sua distinção morfológica é extremamente difícil e inconsistente. Tentativas foram feitas no presente trabalho para verificar a variabilidade genética entre CG e CGC através de RAPD-PCR, ERIC- e REP-PCR e PCR-RFLP da região ITS rDNA. Foram utilizados 53 isolados coletados de sementes e folhas de plantas de diferentes cultivares nos estados do Paraná, São Paulo, Mato Grosso, Minas Gerais, e Paraiba, entre 1999 e 2003. Baseado em testes de patogenicidade, vinte e um isolados foram classificados como CG e 32 como CGC. Os resultados obtidos por RAPD-PCR, utilizando-se oito primers, revelaram dois grupos distintos sendo que o primeiro foi formado por 94% dos isolados de sementes e o segundo por 95% dos isolados de folhas. Na análise de ERIC- e REP-PCR, resultados semelhantes a RAPD foram obtidos, sendo que o primeiro grupo foi formado por 93% dos isolados provenientes das sementes e o segundo por 78% dos isolados provenientes das folhas. Quando o produto de amplificação da região ITS rDNA foi digerido com oito enzimas de restrição, um perfil de bandas semelhante para todos os isolados foi obtido. Resultados de RAPD, ERIC- e REP-PCR demonstraram que existem diferenças genéticas entre os isolados provenientes das sementes e aqueles provenientes de parte aérea, e esses dois grupos foram claramente distintos. Estudos futuros devem ser realizados utilizando outras técnicas moleculares para a obtenção de marcadores capazes de distinguir entre isolados de CG e CGC.<br>Cotton is attacked by Colletotrichum gossypii (CG) and C. gossypii var. cephalosporioides (CGC). Both the pathogens are transmitted by seed and their morphological distinction is extremely difficult and inconsistent. In the present study, attempts were made to verify the genetic variability among 53 isolates of CG and CGC using RAPD-PCR, ERIC- and REP-PCR, as well as PCR-RFLP of the ITS rDNA region. Based on pathogenicity tests, 21 isolates were classified as CG and 32 as CGC. RAPD analysis was performed using eight primers and the results revealed two major groups. The first group contained 94% of the isolates originated from seeds and the second contained 95% of the isolates originated from leaves. Similar results were obtained by ERIC- and REP-PCR, where the first group contained 93% of the isolates originated from seeds and the second contained 78% of the isolates originated from leaves. When the amplified product of the ITS rDNA region was digested with eight restriction enzymes, similar banding patterns were observed for all isolates. Results of RAPD, ERIC- and REP-PCR demonstrated the existence of genetic variability among the seed and leaf isolates and these two groups could be clearly distinguished. Further studies need to be performed using other molecular techniques in order to obtain markers that can distinguish CG and CGC isolates in infected seeds
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