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A narrativa transmídia no jornalismo: o estudo das reportagens do GDI, do grupo RBS
Ao longo dos anos, a evolução tecnológica vem modificando as formas de comunicação. Essas mudanças não alteram apenas como as pessoas se relacionam, mas também oferecem novas possibilidades para o jornalismo. Após o processo de digitalização, o atual momento fortalece a convergência midiática, trazendo grandes transformações no fazer jornalístico e no modo em que as notícias são consumidas. Esse cenário oportuniza a experimentação de novas formas de narrativas. Esta pesquisa tem o objetivo de debater as possibilidades da implantação de um formato transmidiático na atividade jornalística. Para tal, iremos avaliar o trabalho desenvolvido pelo Grupo de Investigação (GDI), equipe de jornalismo investigativo do Grupo RBS. A análise consiste em identificar a presença de elementos da narrativa transmídia nas reportagens produzidas pelo GDI. A pesquisa se baseia no conceito das Ecologia das Mídias, onde o desenvolvimento de um novo meio não significa o fim de um anterior, mas o desencadeamento de um processo de adaptação, semelhante ao que acontece na biologia. Sob a ótica de que os meios não se eliminam, mas se completam, a análise engloba todo o cenário midiático. O estudo dá especial atenção à televisão, em virtude da sua ampla penetração no cenário brasileiro, sendo ainda o principal meio de comunicação do país como apontam recentes levantamentos, como mídia de lançamento de uma reportagem transmidiática. A partir de um processo de categorização, será realizada a identificação das características da narrativa transmídia existentes nas reportagens do GDI, buscando apontar as mudanças necessárias nos procedimentos realizados para a construção da transmidialidade. Cabe ressaltar que o trabalho não busca a afirmação de que o trabalho realizado pelo GDI é transmidiático ou não, mas se baseia no mesmo para a adoção da referida narrativa.Over the years, technological evolution has been changing the forms of communication. These changes not only change people's ways of relating, but they also offer new possibilities for journalism. After the digitization process, the current moment strengthens the media convergence, bringing about great changes in the journalistic making and in the way in which the news is consumed. This scenario allows the experimentation of new forms of narratives. This research has the objective of discussing the possibilities of the implementation of a transmedia format in journalistic activity. To this end, we will evaluate the work developed by the Research Group (GDI), investigative journalism team of the RBS Group. The analysis consists of identifying the presence of elements of the transmedia storytalling in the reports produced by GDI. The research is based on the concept of Media Ecology, where the development of a new medium does not mean the end of an earlier one, but the triggering of an adaptation process, similar to what happens in biology. Under the view that the media are not eliminated, but are completed, the analysis encompasses the entire media landscape. The analysis pays special attention to television, due to its wide penetration in the brazilian scenario, being still the main means of communication of the country as recent surveys point out, as media of launching of a transmiático report. From a process of categorization, the identification of the characteristics of the transmediate storytelling will be carried out in the reports of the GDI, seeking to point out the necessary changes in the procedures performed for the construction of the transmidiality. It should be noted that the paper does not seek to affirm that the work carried out by the GDI is transmissive or not, but is based on the same for the adoption of said narrative
Cinema, infância e criação: como as crianças surdas se relacionam com as imagens
O tema central desta tese é a relação e os significados construídos entre a experiência visual da criança surda e a imagem, especificamente a imagem cinematográfica. Com isso, toma-se como objetivo desta investigação caracterizar os modos pelos quais as crianças surdas se relacionam com as imagens e o que elas têm a dizer sobre essas imagens, por meio de uma experiência singular de olhá-las. Para tanto, este trabalho precisou, primeiramente, constituir o conceito de infância surda para poder pensar as relações possíveis entre criança surda e imagem. Para compor a discussão sobre uma infância surda e poder dinamizá-la teórica, metodológica e analiticamente, foram criadas três categorias inseparáveis entre si, quais sejam, a criança surda como sujeito do olhar; a criança surda como sujeito da enunciação; a criança surda como sujeito da ética. Essas três categorias derivam: tanto de pressupostos teórico-metodológicos da pesquisa ligados à relação entre elementos que envolvem a produção do sujeito (do olhar, da linguagem e da ética), considerando o arcabouço teórico escolhido, qual seja, foucaultiano e 9jud-hubermaniano; como de um levantamento realizado sobre as pesquisas produzidas, nos últimos anos, no campo que liga surdez e infância; e as discussões produzidas pelo campo da Sociologia da Infância. A pesquisa ocorreu em uma turma de crianças surdas, de oito a doze anos, em uma escola de surdos da cidade de Pelotas – Rio Grande do Sul. As oficinas foram realizadas entre os anos de 2017 e 2018, totalizando 12 encontros, além das reuniões com a escola, pais e/ou responsáveis e com as crianças. Foram realizadas sessões de cinema com as crianças, oportunizando uma experiência estética a elas, através de diversos filmes de curta, média e longa-metragem. O objetivo das oficinas tratava-se de que em cada encontro fosse possibilitado o contato das crianças surdas com as diferentes imagens, deixando com que elas se relacionassem, interagissem entre si, e que pudessem trazer um pouco das suas experiências com as imagens. Analiticamente, as oficinas com as crianças demostraram que: 1) que o corpo da criança surda é tomado como extensão do seu olhar, na relação com a imagem, desencadeando uma ação performática que leva olhar e corpo a significarem a imagem. Destaca-se também que o olhar da criança compreende uma relação entre entendimento e criança, no sentido de que assistir um filme contempla outras configurações do que, de fato, se denomina entender um filme: 2) a partir do conceito de imagem desenvolvido por Didi-Huberman, compreende-se que para o estabelecimento de um diálogo com a imagem, por vezes, a criança necessita da companhia do outro, seja ele o companheiro de filme, a pesquisadora, a professora, ou si mesmo enquanto um outro; e 3) que a relação com a imagem (esta entendida e configurada como um outro, a partir das discussões que Foucault estabelece sobre a figura do outro)necessita de um desprendimento do olhar e do próprio pensamento da criança surda, com vistas ao questionamento, ao movimento. Esse desprendimento permitiu, portanto, uma relação ética com a imagem, a partir da tomada de posição, de que nos fala Didi-Huberman, levando as crianças a uma relação diferente com a imagem. Tais elementos discutidos no texto caracterizam singularidades relativas à infância surda no que diz respeito a seus modos de ver. Palavras-chave: Infância Surda. Cinema. Imagem. Ohar.The subject of this thesis is the relationship and meanings constructed between the visual experience of the deaf child and the image — specifically the cinematographic image. The aim of this investigation is to characterize the ways in which deaf children relate to images and what they have to say about these images, through a unique experience of looking at them. To this end, it was first necessary to build the concept of childhood deafness in order to be able to think about the possible relations between deaf children and image. To conceive this discussion and streamline it theoretically, methodologically and analytically, three inseparable categories were created, namely: the deaf child as the subject of the gaze; the deaf child as the subject of the enunciation; the deaf child as the subject of ethics. These three categories derive from theoretical and methodological assumptions of the research connected to the relation between elements involving the production of the subject (of their gaze, language and ethics), considering the chosen theoretical framework from Foucault and Didi-Huberman. These derive, also, from a gathering of researches carried out in recent years in the field that links deafness and childhood and from discussions produced by the Sociology of Childhood. The research was carried out with a group of deaf children aged eight to twelve, in a school for the deaf in the city of Pelotas – RS. The workshops were held in 2017 and 2018, totaling 11 meetings. The aim of these workshops was to make it possible for the deaf children to have contact with different images at each meeting, allowing them to relate and interact with each other, bringing some of their experience with the images. Analytically, the workshops with children showed that: 1) the body of the deaf child is taken as an extension of their gaze in relation to the image, triggering a performance action that takes the gaze and the body to signify the image. It is also noteworthy that the child’s gaze comprises a relationship between the understanding and the child, in the sense that watching a film contemplates other configurations of what, in fact, is called understanding a film; 2) from the concept of image developed by Didi-Huberman, it is understood that, for the establishment of a dialogue with the image, sometimes the child needs the company of the other, being the film partner, the researcher, the teacher or themselves as another; 3) the relationship with the image (understood and configured as another, based on the discussions that Foucault established about the figure of the other) needs a detachment from the deaf child’s gaze and thinking, viewing the question and the movement. This detachment, therefore, allowed an ethical relation with the image, based on the position that Didi-Huberman explains, leading children to a different relationship with the image. Such elements discussed in the text characterize singularities related to deaf childhood with regard to their ways of seeing
Incursões sobre a estruturação da disciplina de Libras nos cursos de formação de professores
O artigo busca problematizar as práticas discursivas, dentre elas as legislações que regem a disciplina de Língua Brasileira de Sinais (Libras) e as demandas da comunidade surda por transformações na estruturação dessa disciplina, as quais se estabelecem como verdades, constituindo e legitimando o ensino de Libras como segunda língua no ensino superior. Dessa forma, visa oportunizar reflexões sobre a estruturação da disciplina de Libras nas Instituições de Ensino Superior do Rio Grande do Sul. O aporte teórico conta com as principais pesquisas acadêmicas atuais da área do ensino de Libras como segunda língua, como Santos e Klein (2015), Nascimento e Sofiato (2016) e Mélo (2019). A pesquisa tem caráter qualitativo, por meio de levantamento de dados retirados das ementas e planos de ensino da disciplina de Libras de tais instituições. Foi realizada busca detalhada, catalogação e análise dos documentos mencionados, objetivando encontrar neles algumas recorrências em sua estruturação. Este texto problematiza três delas: a pouca carga horária destinada à disciplina e o excesso de conteúdo a ser ensinado; a priorização de conteúdos considerados práticos em detrimento da teorização da disciplina e a generalização de conteúdos nos diferentes cursos de licenciatura. A conclusão é de que ainda são urgentes discussões com alcances mais amplos, englobando professores de Libras, coordenadores de cursos e gestão acadêmica, a fim de pensar conjuntamente a reestruturação da disciplina de Libras, dando ênfase mais às habilidades de expressão e compreensão dos dizeres da língua, mas também, formando um profissional consciente das singularidades linguísticas de seus futuros alunos
Novel Common Vehicle Information Model (CVIM) for Future Automotive Vehicle Big Data Marketplaces
Even though connectivity services have been introduced in many of the most
recent car models, access to vehicle data is currently limited due to its
proprietary nature. The European project AutoMat has therefore developed an
open Marketplace providing a single point of access for brand-independent
vehicle data. Thereby, vehicle sensor data can be leveraged for the design and
implementation of entirely new services even beyond trafficrelated applications
(such as hyper-local traffic forecasts). This paper presents the architecture
for a Vehicle Big Data Marketplace as enabler of cross-sectorial and innovative
vehicle data services. Therefore, the novel Common Vehicle Information Model
(CVIM) is defined as an open and harmonized data model, allowing the
aggregation of brand-independent and generic data sets. Within this work the
realization of a prototype CVIM and Marketplace implementation is presented.
The two use-cases of local weather prediction and road quality measurements are
introduced to show the applicability of the AutoMat concept and prototype to
non-automotive applicatio
A Criança Surda como Sujeito do Olhar: Infância e Surdez nas Pesquisas em Educação
RESUMO: O objetivo deste texto é debater como infância, criança, surdez e experiência visual têm se configurado como temas investigativos na Educação, detendo-se em uma análise sobre o olhar das crianças surdas e como sua experiência visual produz e é produzida pelo olhar. Realizou-se um levantamento bibliográfico no Banco de Theses e Dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e nos trabalhos aprovados nas reuniões nacionais da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPEd) – GT Educação Especial, tendo como vetor decisivo pesquisas que tinham a infância e/ou a criança surda como temas centrais. Na análise das 23 pesquisas encontradas, verificaram-se três recorrências: a criança ou a infância surda como conceitos abrangentes, pouco abordados em suas singularidades; a experiência visual da criança surda assumida como secundária à aquisição, seja de outras linguagens (como, por exemplo, a escrita), seja da Língua Brasileira de Sinais (Libras), portanto, como experiência suplementar; o conceito de aprendizagem da criança surda vinculado à imagem como recurso didático. Com base nisso, percorreram-se pesquisas e trabalhos que rompem com essas recorrências e, assim, indicam caminhos para a construção de uma agenda de pesquisa sobre criança e infância surda
Uma análise da complexidade do algoritmo RSA implementado com o teste probabilístico de Miller-Rabin
Este artigo descreve o funcionamento da criptografia de chaves públicas, com ênfase no algoritmo RSA. Apresenta-se o funcionamento do algoritmo, sua aplicabilidade, implementação com o uso do algoritmo probabilístico de Miller-Rabin e a complexidade de funções construídas. Através de uma implementação na linguagem Java, foi possível gerar chaves e testar a sua segurança, utilizando algoritmo de força bruta para a quebra. Com os resultados, foi observado que as chaves são geradas em tempo polinomial, enquanto a quebra necessita de tempo exponencial ao tamanho da chave, dada em bits. Portanto, a quebra de uma chave de grande tamanho através de força bruta torna-se impraticável
ASPECTOS CLÍNICOS, EPIDEMIOLÓGICO E DIAGNÓSTICO CITOLÓGICO DE CANDIDA SP, GARDNERELLA VAGINALIS E TRICHOMONAS VAGINALIS
CÉLULA EUCARIONTE
A célula eucarionte compõe boa parte dos organismos vivos presentes no planeta, sendo a presença dessas células, juntamente com a captação de energia para sobrevivência, reprodução, evolução de energia e resposta a estímulos, as principais características dos seres vivos. O citoesqueleto mantém a forma da célula e realizam a ciclose celular, e são três tipos como os filamentos intermediários formados por queratinas ausentes em procarionte e presentes nos desmossomos tem também os microtúbulos formados por tubulinas centríolo ausente em procariontes, angiospermas fungos e nematóides formação do fuso mitótico é áster cílios e flagelos e por último os microfilmarmos formados por actinas microvilosidades, citocinese centrípeta, formação de pseudópodes ciclose vegetal. Ribossomo: a sua principal função é a síntese proteica, eles são formados no nucléolo, podem estar livres no citoplasma ou aderidos ao retículo endoplasmático rugoso. Também podem estar unidos por uma fita de RNA. Retículo endoplasmático rugoso: eles têm membranas e também cisternas, forma a carioteca e atua na síntese proteica, forma o colágeno e também é comum nas células do pâncreas. Retículo endoplasmatico liso: inativação de centras drogas e hormônios auxilia a desintoxicação que ocorre nos hepatócitos contração muscular que é a liberação do Ca transporte de substâncias e armazenamento e forma o complexo de golgi. Complexo de golgi a secreção forma o lisossomo é o acrossomo ele é formado por cisternas (sacos achatados) e vesícula do REL ele forma o muco (comum em células califormes do intestino) preside e armazena a secreção celular empacotamento participa da síntese proteica. Lisossomo: síntese de lipídios estruturais com enzimas ácidas que agem sobre o pH ácido ele faz a digestão de partículas ligados a fagocitose pinocitose heterofagia e renovação celular. Peroxissomo: participam na produção dos ácidos biliares do fígado, ele possui enzimas que degradam ácidos graxos e aa oxidasse (consumos alto de O2) dessa reação resulta peróxido de hidrogênio ele é tóxico para a célula e para neutralizar os efeitos do H2O2 os peroxissomo possuem a enzima catalães que degrada o H2O2. Vacúolo: em vegetais os vacúolo são delimitados por uma membrana denominada tonoplasto (armazenamento e controle osmótico) possuem a função de equilíbrio osmótico protozoários de água doce e possui vacúolo contrátil são estruturas que na célula animal é pequeno e as vezes ela pode ser ausente. Mitocôndria: tem forma ovulada com membrana dupla a membrana externa e lisa e a interna pregueada formando as cristas mitocôndrias onde estão as enzimas respiratórias e preenchida pela matriz mitocondrial elas se autoduplicam devido à presença de DNA circular há também ribossomo e RNA possui a função de produzir energia por meio da respiração celular. Membrana plasmática: ela controla a entrada e saída de substâncias da célula com permeabilidade seletiva comunicação entre células e com ambientes externos do estabelece a fronteira o meio intracelular o citoplasma é o ambiente extracelular
A Voz dos Cheiros: Significados, Representações e Consumo em uma Perspectiva Cultural
Neste artigo foram investigados os significados dos cheiros, partindo-se de um referencial teórico que preconiza que na cultura ocidental o olfato tem sido um sentido negligenciado em relação aos demais e que não há um vocabulário padronizado para se referir às características específicas desse sentido. Por meio de uma visada cultural utilizou-se o modelo teórico do Circuito da Cultura de Du Gay et al. (2003) para enfocar as representações criadas para os cheiros e suas conexões com o consumo. Para tanto, foi realizada uma pesquisa exploratória, coletando-se os dados qualitativos por meio de entrevistas em profundidade realizadas com 10 homens, com idades variando entre 30 e 60 anos, com curso superior e residentes ou trabalhadores do Rio de Janeiro. Os resultados demonstram que a falta de um vocabulário específico para se referir aos cheiros não é suficiente para deixá-los mudos, ao invés disso, verificou-se uma pletora de representações criadas para dar voz aos cheiros. Ainda, segundo as falas dos entrevistados, é atribuída aos cheiros a capacidade de criar, modificar ou de transformar significados, levando os pesquisadores à constatação de que os cheiros não são inocentes. Como achados do trabalho, emergiram seis categorias de significados dos cheiros, dentre elas, categorias nas quais os significados podem alterar as posições dos indivíduos dentro de estruturas sociais, indicando que os cheiros têm poder. Este estudo busca contribuir para o entendimento do comportamento do consumidor, apresentando uma visão mais ampla sobre o fenômeno dos significados do olfato no consumo
ANIMAIS QUE PROLONGAM O FIM
Este trabalho baseia-se numa análise de vídeos e textos de divulgação científica recentes (dos anos 2014 até 2024) que versam sobre a extensa longevidade de alguns animais. Objetiva-se com este estudo divulgar as diferentes soluções que têm sido utilizadas por alguns animais a fim de prolongar sua existência. Em seres menos complexos (como as esponjas-do-mar e as águas-vivas), o elevado número de células-tronco tem se mostrado crucial nas habilidades de regeneração e rejuvenescimento destes organismos. Em outros animais que também conseguiram tal façanha, como o jabuti Jonathan (Aldabrachelys gigantea hololissa), que é o mais antigo vertebrado terrestre ainda vivo, com seus estimados 191 anos, o metabolismo mais lento parece ser a resposta de sua conservação. Ocorre que o vertebrado mais antigo ainda vivo não é terrestre, mas sim o tubarão da Groenlândia (Somniosus microcephalus) que sobrevive em média 400 anos, e esta longevidade pode estar relacionada à sua maturação sexual tardia que ocorre lá pelos seus 150 anos. Entretanto, o animal mais antigo conhecido são dois vermes que foram “despertados” de seu sono profundo enquanto estavam congelados no gelo siberiano, sono este que durou 32 mil e 40 mil anos, respectivamente. Além disso, existe ainda um animal que pode ser considerado biologicamente imortal (caso não seja devorado ou fique doente); este animal é o cnidário Turritopsis dohrnii que consegue, no seu ciclo vital, regredir ao seu estágio larval após sua fase reprodutiva mais madura, sem envelhecer. Estas estratégias no prolongamento vital estão no alvo de pesquisas sobre o envelhecimento e na farmacêutica. O que se percebe é que à medida que o animal fica mais complexo, maiores são as barreiras biológicas que precisam ser vencidas para prolongar o seu tempo de vida. Uma barreira a se vencer, por exemplo, é o de conseguir manter a integridade dos cromossomos a cada ciclo de regeneração celular. Isso porque em células humanas normais, a cada ciclo celular, existe uma região dos cromossomos, conhecida por telômero, que vai se encurtando até atingir um limite mínimo de tamanho que é incompatível com a vida da célula. Infelizmente, alguns tipos específicos de células cancerígenas conseguiram resolver esse problema se multiplicando indefinidamente, pois produzem uma enzima chamada “telomerase” que impede esse encurtamento dos cromossomos à medida que a célula se multiplica. Outra barreira biológica a ser vencida para o ganho de uma vida prolongada seria encontrar algum mecanismo para impedir que as mitocôndrias (que são os “pulmões celulares”) reduzam drasticamente com o tempo a sua funcionalidade e liberem excesso de radicais livres que são letais para as reações químicas celulares. Como metodologia, serão utilizadas publicações científicas, vídeos e, em grande parte, materiais digitalizados encontrados na Internet. Espera-se como resultado obter um veredito amplo sobre as estratégias de longevidade e barreiras a serem vencidas para que os diferentes animais possam alcançá-la. Nesse sentido, concluímos que o trabalho poderá ampliar o conhecimento do público do IFC Campus Concórdia, além de instigar a curiosidade acerca deste tema tão pouco comentado e conhecido pela comunidade.
Palavras-Chave: Longevidade, Espécies, Células, Regeneração
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