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Cattle tick fever in the semiarid region of the Brazilian state of Paraiba
Descrevem-se 24 surtos de tristeza parasitária bovina no sertão paraibano, sendo 18 de anaplasmose por Anaplasma margimale, dois de babesiose por Babesia bigemina, dois por Babesia não identificada e dois por infecção mista de A. marginale e Babesia sp. Os surtos ocorreram entre agosto de 2007 a outubro de 2009, porém, com uma concentração dos surtos no final do período chuvoso e início do período seco de cada ano, sendo 22 em animais adultos e dois em bezerros de aproximadamente 11 meses. Dois surtos ocorreram em bovinos da raça Nelore, um em animais da raça Gir e os 21 restantes ocorreram em animais das raças Holandês, Pardo Suiço e mestiços das mesmas com zebuínos. Conclui-se que no sertão da Paraíba há áreas de instabilidade enzoótica, ocorrendo surtos de tristeza no final da época de chuvas, principalmente nas áreas de planaltos e serras da região da Borborema e em áreas úmidas como a Bacia do Rio do Peixe, Rio Piranhas e Rio Espinharas em que há a formação de microclimas favoráveis à sobrevivência do carrapato.Twenty four outbreaks of cattle tick fever are reported in the semiarid region of Paraiba known as Sertão. Eighteen outbreaks were caused by Anaplasma. marginale, two by Babesia bigemina, and two by mixed infection of A. marginale and Babesia sp. In other two outbreaks of babesiosis the species of Babesia was not identified. Outbreaks occurred from August 2007 to October 2009, however with a concentration of the outbreaks at the end of the rainy period and beginning of the dry period in each year. Twenty two outbreaks affected adult cattle and two affected calves approximately 11 months-old. Three outbreaks affected Bos taurus indicus cattle, of the Nelore and Gir breeds. In 21 outbreaks Holstein, Brown Swiss and crossbred of these breeds with Bos taurus indicus cattle were affected. It is concluded that in the sertão of Paraíba there are areas of enzootic instability for cattle tick fever occurring outbreaks at the end of the rainy season, mainly in hilly areas of the Borborema region, and in wet areas of some river basins, including Rio do Peixe, Rio Piranhas and Rio Espinharas
Intoxicação por plantas que contêm swainsonina no Brasil
No Brasil, as plantas que contêm swainsonina compõem um grupo muito importante de plantas tóxicas, incluindo Ipomoea carnea subsp. fistulosa, Ipomoea riedelii, Ipomoea sericophyla, Ipomoea verbascoidea, Turbina cordata e Sida carpinifolia, que causam armazenamento de oligossacarídeos em caprinos e, com menor frequência, em bovinos, equinos, ovinos e cervídeos. Uma característica das plantas que contêm swainsonina é que os animais que iniciam a ingerir essas plantas desenvolvem o hábito de ingeri-las compulsivamente e, por facilitação social, induzem a outros animais da mesma espécie a ingeri-las. Os animais intoxicados apresentam pêlos arrepiados, perda de peso e sinais nervosos associados, principalmente, a lesões cerebelares e do tronco encefálico. Infertilidade, abortos, nascimento de animais fracos e maior susceptibilidade aos parasitas gastrintestinais são descritas tanto em casos agudos quanto em animais que deixaram de ingerir a planta e permanecem com sinais, mesmo que discretos. Atrofia cerebelar pode ser observada macroscopicamente em animais cronicamente afetados. As alterações histológicas caracterizam-se por vacuolização de neurônios, células epiteliais do pâncreas e dos túbulos renais, células foliculares da tireoide, hepatócitos e macrófagos de órgãos linfóides. Para o controle da intoxicação, os animais devem ser retirados imediatamente do local onde ocorre a planta. A única medida profilática consiste em evitar a ingestão da planta, eliminando a mesma das áreas infectadas ou mediante aversão alimentar condicionada.</jats:p
Paralytic rabies in swine
Rabies transmitted by vampire bats was diagnosed in pigs with paralysis of the pelvic limbs. Diffuse nonsuppurative encephalomyelitis, affecting mainly the spinal cord, was observed histologically. Despite the various diagnosis of rabies in pigs this is the first report of clinical signs and pathology of rabies transmitted by vampire bats
Evaluation of solar exposure in Brachiaria decumbens poisoning in sheep
Foram utilizados 26 ovinos, entre 3 e 4 meses de idade, divididos em 3 grupos, provenientes de rebanhos que nunca tiveram contato com pastos de Brachiaria spp.. Dois grupos receberam Brachiaria decumbens no cocho diariamente ad libitum, sendo que um deles permaneceu em área com exposição solar (GS) e o outro foi mantido em baias cobertas protegidos do sol (GSB). O grupo controle (GC) foi também mantido em local com exposição solar e alimentado com feno de Cynodon dactylon e capim Pennisetum purpureum triturado. Todos os grupos receberam alimentação em cochos e foram suplementados com 200g/ dia/animal de ração comercial para ovinos. Foi realizada a avaliação clínica diária dos ovinos e colhidas amostras duas vezes por semana para dosagem sérica de AST e GGT. Os animais que morreram foram submetidos a necropsia e em todos os ovinos sobreviventes foi realizada biópsia hepática no final do experimento. Três animais do grupo GS adoeceram e dois morreram. Um ovino do grupo GSB adoeceu e morreu. Não houve alterações clínicas nos ovinos controles. Os principais sinais clínicos observados nos animais que adoeceram foram apatia, emagrecimento, fotofobia, hiperemia e secreção ocular e icterícia. Nenhum animal apresentou lesões cutâneas de fotossensibilização. O grupo que permaneceu no sol apresentou atividades séricas médias de AST e GGT significativamente maiores que a dos demais grupos (p≤0,05) e os animais que permaneceram na sombra apresentaram níveis maiores de GGT (p≤0,05) em comparação ao grupo controle. A histopatologia das amostras de fígados dos ovinos com sinais clínicos demonstrou tumefação e vacuolização de hepatócitos, necrose individual de hepatócitos, macrófagos espumosos com cristais birrefringentes intracitoplasmáticos e dentro de ductos biliares e infiltrado mononuclear periportal. Amostras do capim fornecidas aos cordeiros evidenciaram níveis médios de 0,94±0,80% da saponina protodioscina. As observações do presente experimento sugerem que a não exposição ao sol não evita a presença de sinais clínicos da intoxicação, mas que a exposição solar exacerba os sinais clínicos.Twenty-six five-month-old lambs originated from flocks with no previous contact with Brachiaria spp. pastures were divided into three groups. Two groups (GS and GSB) were fed daily with fresh harvested Brachiaria decumbens ad libitum. GS was kept in an area with solar exposure and GSB was kept in stalls sheltered from solar exposure. Control group (GC) was also kept under solar exposure, but fed with Cynodon dactylon grass hay and Pennisetum pur¬pureum fresh grass. All sheep from the three groups were supplemented with 200g daily of a commercial concentrated food. Evaluation of clinical signs was carried out daily and blood samples were collected twice a week to determine AST and GGT serum activities. Three out of nine lambs of GS presented clinical signs of Brachiaria spp. poisoning, and two died. One animal showed clinical signs and died in GSB. The main clinical signs observed were apathy, weight loss, photophobia, conjunctivitis, ocular mucous discharge and jaundice. Dermatitis due to photosensitization was not observed. Mean serum AST and GGT activities were significantly higher (p≤0,05) in the group exposed to sun, than in the other two groups, and the GGT activities were significantly higher in the group sheltered than in the control group (p≤0,05). All animals at the end of the experiment were submitted to liver biopsy and died lambs were necropsied. Histopathological evaluation of liver samples from sheep with clinical signs evidenced swelling and vacuolization of hepatocytes, individual hepatocytes necrosis, presence of foamy macrophages, crystal negative images within bile ducts and foamy macrophages, biliary duct hyperplasia and periportal mononuclear infiltration. These results suggest that sun exposure does not define intoxication, but exacerbates the toxicity of the grass
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Hepatic and renal lesions in sheep intoxicated with Urochloa hybrid Mulato II in Argentina.
A flock of 48 sheep in Argentina grazing on a pasture of hybrid Urochloa (formerly Brachiaria) Mulato II (Urochloa ruziziensis × Urochloa decumbens × Urochloa brizantha) developed facial dermatitis, severe jaundice, and weakness after brief physical activity. Blood biochemistry of 3 animals revealed azotemia, elevated aspartate aminotransferase activity, and increased direct, indirect, and total bilirubin concentrations. The urine was markedly turbid and contained large concentrations of bile pigments and protein. At autopsy of 2 animals, there was severe jaundice and subcutaneous submandibular edema. The livers were enlarged, intensely yellow, and had a marked acinar pattern. Gallbladders were distended, and the kidneys were diffusely dark in one animal and yellow-green in the other. Microscopically, there was lymphoplasmacytic and histiocytic cholangiohepatitis with abundant crystals in the lumen of bile ducts and in the cytoplasm of macrophages. The proximal and distal convoluted renal tubules had protein casts in their lumens, and crystals were observed in the lumen and epithelial cells. Lectin histochemistry showed strong affinity for Arachis hypogaea agglutinin in hepatic macrophages. In the one sheep that was tested for heavy metals, copper concentrations in the liver and kidney were within the RIs. Despite the immediate change of pasture, morbidity and mortality were 100% within 3 mo. The association between the consumption of this pasture, and the clinical, biochemical, pathology, and lectin histochemistry findings confirmed intoxication with Urochloa hybrid Mulato II. To our knowledge, intoxication by this hybrid of Urochloa has not been reported previously
Aspectos epidemiológicos da conidiobolomicose em ovinos na região semiárida do Nordeste do Brasil.
Com o objetivo de determinar aspectos epidemiológicos da conidiobolomicose dos ovinos, foi realizado um estudo caso-controle em 27 propriedades (16 com casos e 11 controles) nos estados da Paraíba e do Rio Grande do Norte. Das 16 propriedades com casos, em nove (56,3%), ocorreu apenas um foco e em sete (43,8%) aconteceram dois, totalizando 23 focos no período do estudo. Em 20 focos, foi diagnosticada somente conidiobolomicose e, em três, além de casos de conidiobolomicose, ocorreram casos de pitiose rinofacial. Nos focos de conidiobolomicose, a morbidade variou de 0,7% a 73,3% e a letalidade foi de 100%. Treze focos (56,5%) aconteceram no período chuvoso (janeiro a maio), seis (26,1%) ocorreram no período seco (junho a dezembro) e, em quatro, não foi determinada a época de ocorrência. Em todas as propriedades com casos, os animais tinham acesso a açudes, durante todo o ano ou por períodos de 2-8 meses. Na análise univariada dos fatores de risco referentes aos focos de conidiobolomicose, as variáveis associadas foram: pastejo dos animais às margens dos açudes; período de pastejo às margens dos açudes; presença de matéria vegetal constituída por plantas aquáticas; pressão de pastejo; e raça, afetando predominantemente a raça Santa Inês. Conclui-se que a associação de fatores como pastejo constante em áreas úmidas com matéria vegetal decomposta e solo rico em matéria orgânica expõe os animais à infecção por Conidiobolus spp. e predispõe à ocorrência de focos. A implantação de pastagens para corte, nas margens dos açudes, pode ser uma medida eficaz de controle da conidiobolomicose
Syndromic surveillance of abortions in beef cattle based on the prospective analysis of spatio-temporal variations of calvings
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